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Resenha | A Love So Beautiful: toda a pureza do primeiro amor em um dorama

O remake sul-coreano de A Love So Beautiful nos lembra de como é puro o sentimento de amar pela primeira vez 

A Love So Beautiful (2020) é um dorama produzido pela Netflix, remake de um drama chinês que carrega o mesmo nome, mas que conseguiu se sobressair pela pureza estampada nos olhares de todo o elenco. A história acompanha a jovem Sol-i (So Joo-yeon), uma estudante de 17 anos que há anos está loucamente, perdidamente (e até exageradamente) apaixonada pelo seu vizinho e colega de classe Cha Heon (Kim Yo-ham), que não parece estar muito feliz com as investidas da amiga, já que não demonstra nenhuma reação com a presença dela e suas loucuras de amor. Não importa o que ela faça, o mocinho nunca reage de uma forma favorável

 

Desconfiada de que seu final feliz com seu grande amor está cada dia mais distante, Sol-i decide se afastar de vez de Cha Heon, o que permite que a jovem se entregue para o novo colega Woo Dae-sung (Yeo Hoi-Hyeon), um talentoso nadador que acabou de ser transferido para o colégio da protagonista. E é aí que toda a história de amor e conquista começa. Com um ciúmes até então velado, Heon tenta se aproximar de Sol-i aos poucos, tentando, de um jeito mega estranho, demonstrar seus reais sentimentos pela garota. 

A Love So Beautiful
Foto: Netflix

Além do triângulo amoroso, o casal de amigos Kang Ha Young (Hye-jo Cho) e Jin Hwan (Jung Jin-Hwan) roubam a cena em alguns episódios mostrando o avanço de seu relacionamento, sendo os responsáveis pelas maiores risadas e tiradas de “own” do público. 

Roteiro

Com um roteiro muito bem escrito, é possível acompanhar a evolução de todos os personagens, sejam eles os protagonistas ou até mesmo parte do elenco de apoio. A história começa com os jovens no último ano do ensino médio, e vai passando pelo processo de vestibular, a escolha e as dificuldades de ingressar numa faculdade, a difícil tarefa de se dar bem no mundo dos negócios e o casamento, com o eterno felizes para sempre. Toda essa construção dos personagens e essa passagem de tempo faz com que o público se identifique e crie um carinho por cada história, já que podemos acompanhar o crescimento em grupo, mas também individual, em que cada um carrega um peso.

 

Apesar de num primeiro momento a história parecer bobinha, ela se mostra cada vez mais profunda e necessária conforme os episódios vão avançando. Em uma indústria na qual o amor é mostrado de uma forma escancarada, e as ações são rápidas, cabe aos dramas asiáticos manter a timidez, a investida e a delicadeza do gostar, querer e conquistar alguém. Em A Love So Beautiful, o amor é colocado em primeiro lugar, e vem antes de toda demonstração carnal do sentimento, deixando as emoções falarem beeem mais alto do que qualquer coisa. 

A Love So Beautiful
Foto: Netflix

O ponto chave do dorama é, sem dúvidas, a sua curta duração. Com 24 episódios de, no máximo, 24 minutos, a história não tem pra onde fugir, não há espaço para investir em ganchos que talvez não fariam sentido aos personagens e que só serviriam para encher linguiça. Uma única temporada já se mostrou o suficiente para que a história fosse contada da melhor maneira possível.

Cuidado, pode conter spoiler!

Cenas fofas? A Love So Beautiful é, sem dúvidas, recheada delas. Mas a que mais se destaca é o musical que acontece no casamento de Ha Young e Ji Hwan, no qual o noivo, junto dos dois melhores amigos: Heon e Dae – Sung, dançam e dublam a música tema da série Lovesong que, diferente de outras produções, é citada diversas vezes durante a série, cantada até pela protagonista na cena do karaokê. 

Dá só uma olhadinha nesses três amigos dançando e cantando:

Além desse momento, outro que tirou um suspiro de mim – e acredito que de todo mundo que assistiu – foi o último episódio, em que a história é contada através da versão de Heon, no qual ele confessa de uma vez por todas que sempre foi apaixonado por Sol-i, não tão exageradamente quanto a protagonista, mas que o sentimento sempre existiu

E, cá entre nós, esse sentimento foi demonstrado em alguns episódios. Nas cenas pós-créditos deu pra ver que, em certas situações desesperadoras em que a protagonista se metia, era Heon que sempre contornava a situação, protegendo ela de alguma forma. Fofo, né?!

 

Por fim, A Love So Beautiful conseguiu trazer um amor simples, mas grandioso, verdadeiro e tímido entre os jovens.  A história conseguiu ultrapassar, em diversos aspectos, a versão original, mesmo se tratando do mesmo roteiro. As atuações, de longe, foram extremamente superiores, a direção de arte e fotografia conseguiu trabalhar muito bem em todos os aspectos que fizeram com que a história fosse o sucesso que é. Não é à toa que o drama, desde o seu lançamento, entrou para o Top 10 dos dorameiros apaixonados por um bom romance.

A Love So Beautiful
Foto: Netflix

A Love So Beautiful é a promessa de que dá pra rir, chorar, e sentir nostalgia a respeito do seu primeiro amor, que é o mais simples e forte. Não tem ironia, não tem aspectos que empobrecem a história e nem uma duração grande o suficiente para que sua essência seja perdida. É um ótimo investimento para quem procura um guilty pleasure ou uma série de conforto. A Love So Beautiful está disponível na Netflix.

 

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*Crédito da foto de destaque: divulgação

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Resenha | Only Murders in the Building: conheça a série do Star+

A série de comédia de mistério é estrelada por Selena Gomez, Martin Short e Steve Martin

[Contém spoilers] 

 

O Star+ chegou no ano passado já fazendo barulho. Logo que a plataforma foi lançada, já tivemos acesso a série Only Murders in the Building, uma comédia de mistério estrelada por Selena Gomez, Martin Short e Steve Martin. A série conta com dez episódios de aproximadamente 30 minutos, no qual cada um deles nos leva a mais uma descoberta sobre a morte de um dos moradores do edifício Arcadia. Assista o trailer de Only Murders in the Building:

A história começa mostrando um pouco da rotina de cada um dos três protagonistas: Mabel (Selena Gomez), Charlie (Steve Martin) e Oliver (Martin Short), que são completamente obcecados por histórias de crime e fãs de um podcast de crime. Os personagens acabam se cruzando dentro do elevador junto com Tim Kono (Julian Cihi), personagem que, mais tarde, é dado como morto em seu apartamento, por suicídio

Com esse crime, o trio acaba se encontrando em um restaurante próximo ao prédio para ouvir o novo episódio do podcast e discutir sobre. A partir disso, eles começam a suspeitar que Tim Kono não teria se suicidado e sim assassinado.

Essa história toda os leva a produzir o próprio podcast intitulado Only Murders in the Building que, surpreendentemente a Star+ publicou como um podcast nas principais plataformas digitais, e você pode ouvir  no Spotify. Assim, os fãs podem ouvir as histórias contadas pela voz de Charlie, que não são mostradas na íntegra nos episódios da TV, fazendo com que o público tenha uma experiência ainda mais imersiva no mundo da série.

Only Murders in the Building
Foto: divulgação

A partir disso, eles começam a investigar a morte de Tim Kono. A cada episódio, um personagem diferente fica responsável pela narração, levando o espectador ao íntimo deles e a descobrir um pouco mais de suas personalidades e histórias. Enquanto isso, Mabel, Charlie e Oliver vão desenterrando cada vez mais os segredos por trás da morte do vizinho

Only Murders in the Building é uma série recheada de reviravoltas e muitas surpresas. Porém, nos últimos episódios já fica bem claro o que podemos esperar de um final clichê, em relação a identidade do assassino. Mas, mesmo com um final previsível, os últimos segundos da série deixam qualquer um em choque: Mabel é encontrada por seus amigos Charlie e Oliver na cena de um outro crime, coberta de sangue ao lado do corpo de Bunny (Jayne Houdyshell), a síndica do prédio. Logo em seguida, a polícia encontra os três na cena do crime e os leva presos.

A primeira temporada acabou aí. Mas, para a alegria dos fãs do show, a série já foi renovada para a segunda temporada e com mais um nome de peso: Cara Delevingne. Veja o anúncio que Selena Gomez fez sobre o retorno da série:

Only Murders in the Building tem feito muito barulho, sendo indicada aos prêmios Critics Choice Award, Golden Globe, Satellite Award, People’s Choice Award e I Talk Telly Award, sendo que nesses dois últimos, a produção levou o prêmio para casa. 

A série vale muito a pena ser assistida, e é daquelas que te prende até o último minuto do último episódio. Não vejo a hora de poder assistir a segunda temporada de Only Murders in the Building.

Você já assistiu a produção do Star+? Se sim, gostou da história? Vem contar para o Entretê, nas nossas redes sociais Insta, Face e Twitter.

 

*Crédito da foto de destaque: divulgação

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Virginia Woolf: três títulos antes de ler seus diários

Virginia Woolf foi uma das escritoras mais feministas do século passado, e trouxemos três livros dela para você conhecê-la melhor

Nas últimas semanas, a editora Rocco lançou a primeira edição de um livro com os diários de Virginia Woolf.

A obra reúne escritos pessoais da autora durante os anos de 1897 e 1941. E como nós sabemos que nosso público está sempre ligado nas publicações de livros, decidimos reunir três obras imperdíveis da autora para você ler o mais rápido possível. E, claro, se apaixonar por ela no processo.

Foto: divulgação/Amazon

Um Teto Todo Seu

Foto: divulgação/Amazon

Essa obra imperdível reúne referências históricas femininas pela voz de Virginia Woolf, que faz uma crítica imperdível sobre as limitações femininas durante o século XIX.

Virginia Woolf usa esse ensaio para panfletar o movimento feminista, que ainda nem tinha surgido, e estimular mulheres a assumires as rédeas de suas próprias vidas.

Orlando

Foto: divulgação/Amazon

A obra abraça o movimento feminista com mais força e acolhe a comunidade LGBTQIA+, criando um impacto forte sobre a ideia de gênero fluido.

Orlando é uma pessoa que transita em séculos diferentes, e se passa por homem e por mulher, sempre encontrando caminhos que mais lhe agradam dentro de uma sociedade focada em determinar gêneros. A leveza da obra a torna atemporal, e abocanha debates modernos com um tom ácido e observador.

Mrs. Dalloway

Foto: divulgação/Amazon

Sem dúvida uma das obras mais famosas de Virgínia Woolf, Mrs. Dalloway a tira do centro de uma autobiografia complexa escrita em Orlando e a centraliza em uma apreciação da vida pacata da Inglaterra de seu tempo.

Com uma protagonista irresistível, Woolf aborda temas como sexualidade, estresse pós-traumático, padrões sociais e papel da mulher em um círculo burguês. Ainda mais fluente no sistema de fluxo de consciência, Virgínia Woolf abraça todas as causas que se sente capaz, e expõe questões de saúde mental e sexualidade em um tempo onde tudo isso era um tabu rigoroso na sociedade inglesa.

Nós, as minas aqui do Entretê, sabemos que ler Virginia Woolf é de extrema importância para qualquer mulher em busca de autoconhecimento, e como um projeto feito delas e para elas, enaltecemos escritoras e obras que seguem o mesmo conceito. Foi por isso que reunimos essas três indicações (de forma bem reduzida para causar vontade de ler mesmo) nesse post.

E, claro, indicamos que você compre o livro dos diários dela, caso isso seja possível, para mergulhar ainda mais na mente dessa mulher sensacional que foi Virginia Woolf.

Mas nossa conversa sobre ela não acaba por aqui! Estamos te esperando lá nas redes sociais – Twitter, Insta e Face – para conversarmos sobre o lançamento da editora Rocco e para sabermos quais são os seus livros preferidos da autora.

*Crédito da foto de destaque: divulgação

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