Elite, A Sogra Que Te Pariu e Heartstopper são destaques do mês
Filmes, séries, documentários, realities… Tem muita coisa chegando em abril na Netflix. Por isso, preparamos uma lista incrível de lançamentos. Bora conferir?
Começamos o mês com a 5ª temporada de Elite. Na trama, todo aluno tem um segredo e cada semestre traz uma nova vítima e um novo mistério. A série estreia no dia 08 de abril e o ator brasileiro André Lamoglia integra o elenco.
Outro destaque é a produção brasileira A Sogra Que Te Pariu. Na história – que chega no dia 13 de abril no streaming – Dona Isadir (Rodrigo Sant’Anna) se muda para a casa do seu filho durante a pandemia e vai fazer de tudo para atrapalhar a relação dele com a esposa. Muita confusão e risadas estão garantidas!
Inspirada nos quadrinhos de Alice Oseman, Heartstopper desembarca na plataforma no dia 22 de abril. A série mostra os desafios da escola, do amor e o que os adolescentes Charlie e Nick enfrentam quando descobrem que sua amizade pode ser algo mais.
Confira a lista completa dos lançamentos de abril na Netflix:
01/04
The Home Edit – A Arte de Organizar: Temporada 2
Eternamente Demais pra Mim
Capitã Nova
07/04
De Volta ao Espaço
08/04
Elite: Temporada 5
Disque Prazer
Metal Lords
Ainda Estou Aqui
As Garotas de Cristal
Ovos Verdes e Presunto: Temporada 2
12/04
No Xadrez
Mistérios Animais
13/04
A Sogra Que Te Pariu
14/04
Círculo de Fogo: The Black – Temporada 2
Ultraman: Temporada 2
15/04
Anatomia de um Escândalo
Os Herdeiros da Terra
DC’s Legends of Tomorrow – Temporada 6
Escolha ou Morra
One Piece: Z
19/04
Better Call Saul: Temporada 6
Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda
Battle Kitty
20/04
Boneca Russa: Temporada 2
Coração Marcado
A Princesa da Yakuza
22/04
Heartstopper
Sunset – Milha de Ouro: Temporada 5
A Caminho do Verão (22/4/2022)
27/04
Silverton: Cerco Fechado
O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas
28/04
As Crônicas de Usagi: O Coelho Samurai
Bubble
29/04
Ozark: Temporada 4 – Parte 2
Lua de Mel com a Minha Mãe
Série Grandes Jornadas Pokémon: Parte 2
30/04
Bohemian Rhapsody
Em breve
Confie em Mim
E, aí? Como está a ansiedade para os lançamentos de abril da Netflix? Para essa e outras novidades, siga o Entretetizei no Insta, Twitter e Face.
Botão estará disponível globalmente na experiência de desktop
A HBO Max anunciou hoje (29) o seu tão esperado botão shuffle, dando aos usuários a opção de randomizar os episódios que são reproduzidos em determinadas séries da plataforma. Ao contrário de outras ofertas, o botão de reprodução aleatória da HBO Max randomiza episódios em vez de séries, dando aos espectadores algum contexto sobre o conteúdo que será exibido.
Sendo a HBO Max a casa com maior variedade de séries, filmes e especiais para públicos de todas as idades, escolher um episódio do seu programa favorito nem sempre é uma tarefa fácil. Disponível globalmente na experiência de desktop, os usuários podem selecionar o botão aleatório na página de detalhes da série para 29 programas selecionados, incluindo títulos como Friends, Segura a Onda, The Big Bang Theory, Looney Tunes, Rick and Morty, Teen Titans Go!, Selena + Chef e muito mais.
Confira a lista completa dos títulos que possuem o novo botão:
Apenas um Show
Coragem, O Cão Covarde
O Mundo de Greg
Du, Dudu e Edu
Drama Total Kids
ER Plantão Médico
Flight of the Conchords
Hora de Aventura
Friends
Looney Tunes
Maçã E Cebola
O Incrível Mundo de Gumball
Rick and Morty
Robot Chicken
Scooby-Doo: Cadê Você?
Segura a Onda
Selena + Chef
Sesame Street
South Park
Teen Titans Go!
The Big Bang Theory
The Mentalist
The Office
The Shot: Uninterrupted
Tom and Jerry
Two and a Half Men
Um Maluco no Pedaço
Ursos Sem Curso
Young Sheldon
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*Crédito da foto de destaque: divulgação / oficina da net
A produção estrelada por Oscar Isaac estreia amanhã no Disney+
A mais nova série da Marvel, Cavaleiro da Lua, estreia no Disney+ nesta quarta-feira, 30 de março. Para te deixar com mais vontade de assistir a trama, separamos algumas informações sobre os principais personagens da produção.
Enredo
Cavaleiro da Lua acompanha a vida de Steven Grant (Oscar Isaac), um homem que sofre de transtorno dissociativo de identidade e divide o seu corpo com o mercenário Marc Spector.
Mas ele não está sozinho. Conheça mais sobre o protagonista e outros personagens que fazem parte da produção exclusiva da plataforma.
Steven Grant/ Marc Spector (Oscar Isaac)
Steven Grant é um sincero e constrangido funcionário de uma loja de souvenir,sempre preocupado com as pessoas ao seu redor. Ele fica constantemente atormentado com apagões e memórias de outra vida, descobrindo sofrer de transtorno dissociativo de identidade e dividindo sua personalidade com Marc Spector, um mercenário implacável e guerreiro de Khonshu. À medida que as vidas separadas de Spector e Grant se colidem, Steven é forçado a aceitar a sua realidade navegando entre ambas as suas identidades.
Ambos os personagens são interpretados pelo ator guatemalteco-americano, Oscar Isaac, conhecido principalmente por papéis como o de Poe Dameron na saga Star Wars (1977-2019), Nathan em Ex-Machina (2014) e o Duque Leto Atreides em Duna (2021).
Arthur Harrow (Ethan Hawke)
Enfrentando Khonshu e Marc/Steven, temos o nefasto, mas filosófico, Arthur Harrow, um antagonista que transita entre o mundo dos deuses buscando travar uma guerra contra os heróis, a fim de buscar vingança por acontecimentos passados.
Estreando no universo Marvel, Ethan Hawke interpreta o vilão de Cavaleiro da Lua. O ator e cineasta estadunidense de 51 anos de idade já foi indicado quatro vezes ao Oscar, sendo duas na categoria de Melhor Ator Coadjuvante pelos papéis nos filmes Dia de Treinamento (2001) e Boyhood (2014), e as outras duas na categoria Melhor Roteiro Adaptado pelos filmes Antes do Pôr do Sol (2014) e Antes da Meia-Noite (2013).
Layla El-Faouly (May Calamawy)
Layla El-Faouly é uma arqueóloga e aventureira que conhece com propriedade Marc Spector, e que acaba sendo arrastada para dentro de sua vida perigosa e perturbadora. Os dois devem deixar suas diferenças de lado e armar um novo relacionamento se quiserem sobreviver às batalhas que virão pela frente.
O papel de Layla El-Faouly é interpretado por May Calamawy, uma talentosa e cativante atriz egípcia-palestina que tem como maior destaque o papel de Dena Hassan na série de televisão Ramy.
Anton Mogart (Gaspard Ulliel)
Anton Mogart, também conhecido como Homem da Meia Noite, é interpretado por Gaspard Ulliel, ator francês que faleceu no início do ano de 2022, com 37 anos. Ulliel participou de diversos filmes renomados e ficou mais conhecido por seu papel de Hannibal Lecter em Hannibal – A Origem do Mal (2007).
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Apresentada pela estrela de Hollywood vencedora do Oscar, a produção de oito episódios oferece uma visão das fugas de prisões mais elaboradas do mundo e os principais atores por trás dessas fugas
O canal de teor histórico The History Channel vai estrear em abril sua nova série de não ficção Great Escapes with Morgan Freeman (Grandes Fugas com Morgan Freeman), que é apresentada pelo lendário ator vencedor do Oscar (Melhor Ator Coadjuvante: Million Dollar Baby, 2005). O renomado cineasta explora, dentro do roteiro seriado, algumas das fugas reais das prisões mais implacáveis da história e que chamaram mais a atenção do público.
A nova série já começa com oito episódios e apresenta um olhar diferente sobre as fugas de prisões, desde as mais elaboradas até as mais simples, contando a história de carcerários ousados que chegaram a pontos extremos pela liberdade.
Os casos explorados, no primeiro momento, incluem (e não estão limitados) a fuga desafiadora de Alcatraz, prisão de segurança máxima localizada no meio da Baía de São Francisco, nos EUA. Dentre as histórias exploradas, está a dos vizinhos de cela da prisão de Dannemora, assim como a grande fuga do traficante El Chapo e os Pittsburgh Six, que abriram os caminhos para a liberdade.
Além de encenações dramáticas, narrativa dinâmica e efeitos visuais de ponta com a nova tecnologia Unreal Engine, a série é construída através de testemunhos de prisioneiros, juntamente de suas famílias, companheiros de cela, guardas prisionais e funcionários que tentaram impedir esses crimes.
A equipe do Entretetizei participou da coletiva de imprensa da série, na qual tivemos a oportunidade de assistir ao primeiro episódio da série documental. Além da surpresa, Morgan Freeman participou da conversa, contando um pouco sobre sua experiência em relação à série. Por fim, os produtores do documentário, James Younger e Geoffrey Sharp, tiraram dúvidas sobre a série e também deram alguns spoilers do que está vindo por aí. Você pode conferir o evento completoabaixo:
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Escrito pelo autor, compositor, performer e produtor paulistano, Daniel Salve, o título é o primeiro grande musical do Teatro B32
Em primeiro de abril São Paulo recebe mais um incrível espetáculo. O musical Nautopia estreia no espaço cultural mais moderno e tecnológico de São Paulo, o Teatro B32, inaugurado apenas há alguns meses e localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista. Essa é a primeira produção associada da Pulsar Ideias, Eureka Entretenimento e H Produções Culturais.
Nautopia é o sétimo musical escrito por Daniel Salve, famoso autor, compositor, performer e produtor paulistano. Daniel tem no currículo produções que fazem com que seu nome se funda ao processo de revitalização do teatro musical brasileiro em meados da década de 2000. Na obra, o multiartista assina o texto, o score original (com 24 composições inéditas) e a direção geral da montagem, que conta ainda com direção musical de Diego Salles e direção de movimento de Olívia Branco.
O musical, que tem cerca de 180 minutos de duração, é composto por um elenco de 26 atores acompanhados de 10 músicos. O protagonista do projeto, o veterano Beto Sargentelli, já esteve à frente de outros espetáculos, como o nacional Dois Filhos de Francisco, além das montagens brasileiras de grandes produções como A Família Addams e Os Últimos 5 Anos – musical no qual Beto debutou como produtor e, além disso, também foi eleito Melhor Ator no Prêmio Bibi Ferreira.
Nautopia
A obra narra a trajetória de Tomás (Beto Sargentelli), um jovem navegante que parte de sua terra natal, o idílico Vale da Utopia, no litoral de Santa Catarina, para um exílio em Paraty (RJ) após o misterioso desaparecimento de sua irmã Clara. Na nova vida, ele se envolve com a mergulhadora Iara, que está sempre disposta a abraçar seus sonhos utópicos de um novo futuro.
Os planos de Tomás mudam, entretanto, ao receber a notícia da doença fatídica que acometeu Rocha, seu padrinho e pai de criação. Ele, então, volta ao Vale da Utopia para lidar com seus demônios internos e encontrar antigos fantasmas, dentre eles, Selena, sua obstinada namorada da juventude, que ainda mexe com suas emoções.
Estabelecendo conexões com o clássico A Utopia (1516), de Thomas More (1478-1535), o passado e o futuro se misturam na trama. A obra retrata o eterno retorno do jovem ao lar, que busca a cura por meio do enfrentamento com seu passado e com seus fantasmas internos e externos.
Projeto de longa data
Engana-se quem pensa que Nautopia nasceu em sua pré-estreia. Na verdade, o musical é inquilino na mente de Salve há cinco anos. Porém, apenas em 2020, quando foi apresentado a um público restrito em uma oficina experimental, é que as personagens e suas tramas, tanto diretas quanto indiretas, começaram a ganhar vida e camadas mais profundas. Foram acrescentados sentidos aos sentimentos e intenções, que dialogam com a proposta reflexiva e poética do projeto, lapidado, desde então, até tomar a forma que o público poderá conferir no palco.
A intenção da obra é contar uma narrativa genuinamente brasileira, mas fugindo dos clichês mais comuns da nossa identidade cultural. “É comum vermos no Brasil espetáculos com tramas universais, mas que se passam em cenários externos, com referências geográficas distantes da nossa realidade. Com Nautopia, queremos falar desses anseios universais da humanidade, mas com cores e tons locais.”, conta o autor e idealizador.
“Hoje me sinto mais maduro para contar essa história. Penso que todos os outros projetos que já fiz serviram como um treinamento para trazer ao público essa narrativa tão complexa, que passou por um processo minucioso de cinco anos de pesquisa e desenvolvimento.”, revela Daniel. “Ao longo de oficinas, laboratórios e workshops, eu passei a investigar as relações humanas dessa comunidade fictícia estabelecida no litoral de Santa Catarina, encontrando pouco a pouco a trama que queria se apresentar.”, explica Daniel, que reitera o desafio atual: “como falar sobre utopias em tempos de distopia?”.
Além dessa, o musical tem outra grande responsabilidade, que é ser a primeira obra de temporada a se apresentar no Teatro B32, inaugurado em novembro de 2021 e que, desde então, vem recebendo eventos pontuais. “O B32 se tornou um grande parceiro na realização desse projeto totalmente independente, sem uso de leis de incentivo ou editais. Estamos seguindo um caminho desafiador, mas que permite acreditar que formas alternativas de produção são possíveis e podem abrir caminhos para que mais projetos autorais e independentes possam surgir no cenário cultural.”, conta o sócio do projeto e diretor de produção do espetáculo, Alexandre Bissoli.
Elenco e Produção
O elenco se divide em dois tempos na trama. Traz os Filhos do Vale, representados por Beto Sargentelli (Tomás), Sofia Savietto (Clara), Eline Porto (Selena), Gabriel Camillo (Tadeu), José Diaz (Elias), Bia Anjinho (Isabel) e Yudchi Taniguti (Cauã). Além disso, também apresenta Os Pioneiros, composto pelos atores Jonathas Joba (Rocha), Aurora Dias (Lúcia), Neusa Romano (Zara), Max Grácio (João), Nani Porto (Fátima), Bruno Vaz (Jovem Rocha), Elá Marinho (Jovem Zara) e Dara Galvão (Jovem Lúcia). Completam o time Luana Zehnun (Iara), Nina Vettá (Helô) e Rafael de Castro (Zarolho). Mau Alves, Bel Nobre, Daniella Biancalana, Alessandro Balbi, Gabriela Gonzales, Daruã Góes, Dalia Halegua e Henrique de Paula também fazem parte do espetáculo.
“Estou tendo o privilégio de dar vida a um personagem pela primeira vez, de originar um papel no mundo, e isso é muito especial. Tomás me leva a um grande desafio como ator, na interpretação, por ser extremamente dramático, o que exige muitas potencialidades ao explorar várias nuances, e também vocalmente. Estou ansioso para mostrar esse trabalho, que é diferente de tudo que já fiz, seguindo a linha do que busco na minha carreira, através de construções genuínas e com olhares fora do comum. Acho que esse velejador agregará muito na minha jornada.”, conta Sargentelli, que partilha do elo espiritual e da paixão pelo mar com o herói da trama.
Assim como seu personagem em cena, Beto encontra pontos em comum com sua própria trajetória artística e pessoal. “Para mim, está fazendo muito sentido contar essa história, nesse momento da minha carreira. O Tomás passa o espetáculo todo tentando entender qual seu objetivo na vida. Tem sido uma descoberta diária para mim esse personagem e, apesar da pandemia, tudo fluiu de maneira muito natural. E aqui a gente ainda é polivalente, como ator e produtor – o que é muito gostoso e prazeroso, ainda que exaustivo. Acho que todas as produções das quais fiz parte me ensinaram sobre o estilo de produzir que eu queria ter, pois, apesar da pouca idade, foi minha experiência, em mais de 15 anos de carreira, que me ensinou sobre o que fazer e o que não fazer, me levando a ter um olhar mais carinhoso para as pessoas que estão nessa comigo. Tem sido uma troca maravilhosa.”, conta ele.
Para ver Nautopia sair do sonho de Daniel Salva e virar realidade nos palcos, o trio de produtores e realizadores se uniu a um time de renomados criativos, conhecidos no mercado de teatro musical como Theodoro Cochrane, na assinatura dos Figurinos, Duda Arruk, na Cenografia, Caetano Vilela, no Desenho de Luz, e Fernando Fortes e Tocko Michelazzo, no Desenho de Som.
Nautopia fica em cartaz no Teatro B32 de primeiro de abril a 29 de maio de 2022, com sessões de sexta a domingo. A classificação do musical é de 12 anos, e os ingressos podem ser adquiridos através do site do B32.
Conta pra gente se você pretende assistir a Nautopia e quais suas expectativas para esse musical super criativo. Ah, e não se esqueça de acompanhar o Entretê nas Redes Sociais (Twitter, Insta e Face) para ficar por dentro do melhor do mundo do entretenimento.
Uma conversa sobre feminismo, violência contra a mulher e resistência, temas abordados na série que ainda são realidade no mundo
Alerta de gatilho: violência e abusos
Marcada com cenas fortes e um suspense de tirar o fôlego, a série Señorita 89, original da Starzsplay já está disponível e com certeza nos faz refletir sobre a cultura do padrão da mulher perfeita.
Em uma entrevista com a atriz Leidi Gutierrez, que interpreta Jocelyn na série, conversamos sobre o enredo de Señorita 89, além dos desafios enfrentados pela atriz e a vida da personagem.
Sobre a série
Señorita 89 se passa no México, entre as décadas 1980 e 1990. A série acompanha a vida de mulheres que se inscrevem para um concurso de beleza, o qual durante três meses, 32 finalistas ficam confinadas em uma fazenda, La Encantada. As mulheres sofrem atrocidades, e passam inclusive por cirurgias plásticas a fim de se tornarem a mulher perfeita para o Miss México.
Mas não é apenas isso, o suspense revela segredos sombrios e muito preocupantes que fazem as participantes se unirem para saírem vivas do concurso.
A diretora, Lucia Puenzo expõe o que as mulheres viviam nas décadas de 80 e que infelizmente, ainda é visto na sociedade:“Nesses anos, víamos na televisão, homens deixando mulheres sem roupa, e a família toda ria. Não era algo que se escondia. Esse ‘abrir os olhos’ que as novas gerações desenvolveram nas últimas décadas é muito importante, conta com coisas que não podem mais ocorrer.”, em entrevista ao Notícias da TV.
A série ainda conta com a produção do indicado ao OscarPablo Larraín (Jackie) e um elenco incrível de atores e atrizes latines.
Quem é Leidi Gutierrez?
Diretamente do México, Leidi Gutierrez começou sua carreira aos 17 anos em um projeto chamado Las Elegidas de David Pablos. Além de Señorita 89, a atriz também já participou de outras produções conhecidas na América Latina, como Chicuarotes, que tem direção de Gael García Bernal.
A personagem Jocelyn
Começamos a entrevista ao perguntar sobre sua personagem em Señorita 89. Cada mulher participante do concurso possui uma história muito particular, e para Jocelyn não é diferente, criada nas grandes cidades da fronteira do México com os Estados Unidos, a personagem enfrentou dificuldades: desde pequena trabalhou um uma fábrica de costura para ajudar a família e após o desaparecimento da irmã, ela teve a necessidade de encontrar respostas.
“E é uma menina muito apegada à sua religião, suas crenças. Acho que esse também foi um dos maiores desafios para eu criar esta personagem, porque eu não sou uma pessoa tão religiosa … Jocelyn é a cara de muitas mulheres que foram violentadas, que sofreram, que perderam familiares. Acho que as pessoas vão entender um pouco mais, se identificar com ela, porque é algo que acontece muito em nosso país (México) e no mundo.”,contou a atriz.
Leidi completa dizendo que a série traz problemáticas bastante vivas em nossa realidade, mesmo que a série se passe nos anos 80, temas como violência contra a mulher, abusos e discriminação ainda são constantes.
“…infelizmente, em todo o país tem esse sentimento que sabe que vai sair para trabalhar, ir à escola, visitar alguém, mas ninguém está segura sobre o destino ou que vai voltar para casa. Então acredito que para mim é muito importante falar sobre esse temas e Señorita 89 me deu o espaço perfeito para isso.”
Assista a entrevista aqui
Padrões de beleza fora e dentro da série
Apesar da série ser um suspense e ficção, Señorita 89 expõe os horrores vividos pelas participantes baseados em concursos de beleza. Violência de gênero, feminicídios e desigualdade são alguns dos temas do enredo. Está muito claro que a direção tem o objetivo de nos fazer refletir sobre como a sociedade caminha quando o assunto é se tornar a mulher perfeita para os olhos do mundo, sem ao menos saber o que se passa por trás da vida das personagens e também de muitas mulheres reais que sofrem atrocidades e crimes durante a vida.
“32 ou 33 anos depois seguimos com essas situações, seguimos sofrendo de discriminação de maternidade, violência de gênero, feminicídios… Então acredito que a série toda carrega algo grande. Acredito que se ao menos uma ou duas pessoas forem mais empáticas com as situações que refletem na história, acredito que já é um ganho.”,contou Leidi.
E é claro que os concursos de beleza continuam Estão a todo momento nas telas da TV e plataformas de streaming. Você com certeza já viu mulheres magras, altas, sem manchas ou estrias, desfilando para pessoas que iriam julgar seus corpos e ao final decidir a “mais bela” de todas, ou programas de televisão que expunham corpos femininos sem roupas somente para alegrarem homens e telespectadores.
Felizmente, a indústria da televisão e dos concursos podem ser parecidas, contudo, há poucos anos começamos a filtrar produções como essas.
Perguntamos a Leidi se há uma comparação entres esses dois mundos e ela concorda que a indústria pode ser difícil quando você é mulher: “Acredito que se nota que estamos falando sobre um tema, que estamos falando sobre um contexto, mas, na realidade, esses tipos de situações acontecem dia a dia, na escola, em casa, ou seja, serem violentadas, serem maltratadas, abusadas. …eu acredito se tem algo a ver, e se há coisas que acontecem nos concursos, nesta indústria, estão falando mais, abrindo brechas, tanto na televisão como no cinema, como na música…”
Uma direção de mulheres
Muitas vezes quando assistimos grandes produções que falam sobre vidas femininas, percebemos que os diretores e produtores são compostos por homens. Não é o que acontece em Señorita 89, que é comandada por grandes mulheres: Lucía Puenzo, Sílvia Quer e Jimena Montemayor.
Perguntamos a Leidise há diferenças em participar de uma produção tão importante que possui temas relacionados às mulheres e tem uma direção feminina:
“De repente que cheguei com uma diretora que conhece, e que deixa bem claro seu trabalho, e compartilha o que sente como mulher, ser violentada, ser discriminada, ou seja, é como ter um tratamento diferente. Além disso, eu me sinto muito feliz e muito orgulhosa com todas as minhas companheiras e minhas diretoras.”
Em oito episódios, Señorita 89 deixa de ser apenas uma série intrigante e thriller, e acaba atingindo objetivos maiores quando fala sobre padrões de beleza e Miss México. Não se trata apenas de um país, mas a produção deixa claro os problemas socioculturais e econômicos de toda a América Latina.
Gostou da entrevista com Leidi Gutierrez? Conta para a gente nas nossas redes sociais – Insta, Face e Twitter — e nos siga para ficar por dentro de tudo que acontece no mundo do entretenimento.
*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Instagram @leidileidileidi
Programação discute a influência do centenário da Semana de Arte Moderna e conta com cerca de 50 filmes até 11 de abril
A Mostra Ecos de 1922 – Modernismo no Cinema Brasileiro chega ao CCBB do Rio de Janeiro para provocar o presente e projetar novos futuros. A maior retrospectiva cinematográfica já feita sobre o tema fica em cartaz até o dia 11 de abril, e conta com filmes raros em 35mm e 16mm e aborda o centenário da Semana de Arte Moderna, trazendo um pensamento crítico sobre seu legado na cultura e no cinema brasileiro.
São aproximadamente 50 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, num vasto recorte geográfico e conceitual, que vai de 1922 a 2021, de Roraima ao Paraná. Com curadoria de Aïcha Barat, Diogo Cavour e Feiga Fiszon, as obras escolhidas são atravessadas pelo pensamento dos intelectuais paulistas, como Oswald de Andrade e Mário de Andrade, mas também por pensadores e artistas indígenas contemporâneos, como Jaider Esbell e Denilson Baniwa.
“O cinema modernista propriamente dito não existe. Não há um cinema contemporâneo a 1922 feito nos moldes modernistas ou que se reivindique como tal. Talvez o maior impasse de uma mostra de cinema que aborda os ecos de 1922 seja justamente que não houve modernismo per se no cinema. Longe de querer fechar um recorte numa única abordagem do tema, mas o mais importante é que a mostra chega para lançar questionamentos, abrir frentes, disparar provocações”, explica a curadora Aïcha Barat.
Clássicos em 35mm e cópias raras
Na Mostra, ainda serão exibidos em película 35mm clássicos do cinema brasileiro, como os curtas da série Brasilianas, de Humberto Mauro (1945–1956), e Limite (Mário Peixoto, 1931), em sessão com acompanhamento sonoro ao vivo do grupo DEDO no dia 10/04, às 18h, Terra em transe (Glauber Rocha, 1967), Como Era Gostoso meu Francês (Nelson Pereira dos Santos, 1971), Ladrões de Cinema (Fernando Coni Campos, 1977), e Tudo é Brasil (Rogério Sganzerla, 1997). Já em 16mm, alguns destaques são Iracema, Uma Transa Amazônica (Jorge Bodanzky e Orlando Senna, 1974) e Mato Eles? (Sergio Bianchi, 1983).
Filmes raros, em cópias digitais especiais, também merecem destaque, como é o caso dos longas Orgia ou O homem que deu cria (João Silvério Trevisan,1970), Mangue-bangue, (Neville de Almeida, 1971), A$$untina das Amérikas (Luiz Rosemberg, 1976) e Um filme 100% brazileiro (José Sette, 1985). É também o caso dos curtas O ataque das araras (Jairo Ferreira,1969), Bárbaro e nosso – Imagens para Oswald de Andrade (Márcio Souza, 1969), Herói póstumo da província (Rudá de Andrade, 1973), Alma no olho (Zózimo Bulbul, 1974), Há terra! (Ana Vaz, 2016) e Apiyemiyekî? (Ana Vaz, 2019).
Ecos de 1922 conta ainda com uma seleção de filmes “oswaldianos” de Rogério Sganzerla e de Júlio Bressane, como Sem Essa, Aranha (Rogério Sganzerla, 1978), Tabu (Júlio Bressane, 1982), Miramar (Júlio Bressane, 1997) e Tudo é Brasil (Rogério Sganzerla, 1997), além dos curtas Perigo Negro (Rogério Sganzerla,1992), Quem Seria o Feliz Conviva de Isadora Duncan? (Júlio Bressane,1992) e Uma noite com Oswald (Inácio Zatz e Ricardo Dias, 1992) – esse último com exibição em 35mm.
Figura central na relação entre o modernismo e o cinema brasileiro, Joaquim Pedro de Andrade também terá destaque especial na mostra. Além da exibição dos longas Macunaíma (1969) e O Homem do Pau-brasil (1980), e dos curtas O Mestre de Apipucos (1959) e O Poeta do Castelo (1959) – filmes dedicados à obra e às ideias de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Gilberto Freyre e Manuel Bandeira, respectivamente ‒, há ainda a exibição do média-metragem O Aleijadinho (1978). Vale ressaltar que todos os seus filmes foram restaurados recentemente e que a Ecos contará com cópias 35mm realizadas após restauro.
Filmes contemporâneos sob vieses indígena, negro e periférico
A Mostra também apresenta uma seleção de filmes contemporâneos que abordam temáticas anunciadas pela produção modernista a partir de outros vieses: indígena, negro e periférico. Entre os filmes que integram a programação, estão: Branco Sai, Preto Fica (Adirley Queirós, 2012), Grin (Isael Maxakali Rolney Freitas e Sueli Maxakali, 2016), Travessia (Safira Moreira, 2017), Por Onde Anda Makunaíma? (Rodrigo Séllos, 2020) e Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: essa terra é nossa! (Carolina Canguçu, Isael Maxakali, Roberto Romero e Sueli Maxakali, 2020), que serão acompanhados por uma seleção de “filmes de Internet”, disponíveis nas mídias sociais e no site do evento.
Seguindo o fluxo de desenhar novos futuros e atualizar o pensamento crítico a partir das construções culturais vivenciadas pós 1922, a identidade visual da mostra é baseada na obra Ficções Coloniais (ou finjam que não estou aqui), do artista indígena Denilson Baniwa. Concebida em 2021, essa série de colagens pode ser vista em sua integralidade nas páginas do catálogo-livro da mostra, acompanhada também de um texto do autor. Com esta obra, Baniwa ensaia um direito de resposta ao imaginário indígena forjado por fotógrafos e cineastas brancos ao longo da história.
“De 1922 para cá, ao longo destes 100 anos, a Semana de Arte Moderna foi se estabelecendo no nosso imaginário como o ponto de virada e renovação das artes e do pensamento brasileiro. Mais do que o legado direto deixado pelos intelectuais e artistas ligados à Semana, a mostra Ecos de 1922 pretende sondar as mínimas e as máximas reverberações da atitude modernista naquele que talvez seja o maior símbolo da modernidade: o cinema. De que formas nós, brasileiros do século XXI, plurais e diversos como somos, deglutimos nossa apetitosa produção audiovisual?”, complementa a curadora Feiga Fiszon.
Catálogo-livro reúne textos inéditos, debates e releituras críticas
O catálogo-livro da Ecos conta com textos inéditos de Ruy Gardnier, Lorraine Mendes, Marília Rothier, Aline Leal, Tainá Cavalieri, Mateus Sanches e Juliano Gomes, além de textos já publicados de Jaider Esbell, Denilson Baniwa, Paulo Antonio Paranaguá, Pedro Duarte, Julierme Morais, Glauber Rocha e Paulo Emílio Salles Gomes. Ele traz, ainda, os Manifestos Modernistas de Oswald de Andrade, um texto de Mário de Andrade sobre o movimento e uma seleção de poemas, artes e propagandas publicadas nas revistas modernistas dos anos 20 (Klaxon e Antropofagia).
“Tivemos a preocupação de unir pesquisadores, iniciantes e consagrados, com textos de caráter mais experimental e de intervenção. Ao longo do catálogo, além da pluralidade de visões e posições diante do modernismo, optamos por uma variedade de formas que, além dos textos corridos, incluem poemas, ensaio visual e obras artísticas”, explica Gabriel Martins da Silva, um dos organizadores do catálogo.
Para adquirir um dos 100 exemplares impressos, será necessária a apresentação de quatro ingressos da mostra. A versão on-line estará disponível gratuitamente para download no site da Ecos e em bb.com.br/cultura.
Sobre o CCBB RJ
O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona na segunda, e de quarta a sábado, de 9h às 21h, no domingo de 9h às 20h e fecha na terça-feira. A entrada do público é permitida apenas com apresentação do comprovante de vacinação contra a COVID-19 e uso de máscaras. Não é necessária a retirada de ingresso para acessar o prédio, os ingressos para os eventos podem ser retirados previamente no site eventim.com.br ou presencialmente na bilheteria do CCBB.
E, aí? Você pretende visitar a Mostra Ecos de 1922? Conta pra gente! Para essa e outras novidades, siga o Entretetizei no Insta, Twitter e Face.
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