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Dia Nacional da Visibilidade de Transexuais e Travestis

Comemorado desde 2004, o dia 29 de janeiro é um marco na vida de todos os transgêneros

 

Após muitos anos de luta por direitos igualitários, o Dia da Visibilidade Trans finalmente foi fixado no calendário oficial do brasileiro. A campanha que reuniu 27 transexuais no Congresso Nacional, em Brasília, fez com que o dia 29 de janeiro fosse registrado como um avanço nas políticas sociais do país.

Infelizmente, o Brasil é um dos países que mais mata pessoas trans e LGBTQI+, entrando no ranking dos países mais perigosos de se viver para essa comunidade. Em meio a notícias de barbáries e preconceitos, travestis e transexuais lutam, diariamente, para manter o respeito conquistado ao longo dos anos. Dentre as vitórias garantidas por eles, as principais são:

  • Uso do Nome Social: garantia de possibilidade de alteração do sexo e nome presentes no registro civil sem precisar de autorização judicial. Fazendo com que a pessoa não precise procurar a justiça para alterar seus dados. 
  • Cirurgia de redesignação sexual, feita pelo SUS: essa cirurgia é realizada para que as características genitais fiquem de acordo com o gênero que a pessoa se identifica. A cirurgia é realizada pelo SUS desde 2008. Em 2020, o Conselho Federal de Medicina divulgou uma resolução que reduziu a idade mínima para realização da cirurgia de 21 para 18 anos. 
  • Cotas: foram criadas para que estudantes trans tenham mais acesso a  universidades públicas e também, por decisão do Supremo Tribunal Federal, travestis e  mulheres transexuais tenham  30% de candidaturas femininas por partido.

Entretanto, elas não param por aí. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu – por 8 votos a 3 – que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados como crime de racismo. É importante frisar que essa decisão foi provocada por conta de omissão legislativa e o Congresso Nacional ainda precisa aprovar uma lei própria.

Foto: Reprodução

Apesar de ser um processo lento, eles não perdem a esperança de, um dia, conviverem em uma sociedade com direitos iguais para todos, onde eles possam viver sem medo. O dia 29 de janeiro é um dia de respeito, de solidariedade e de luta. Para eles, para nós, para todos! 

E se você, leitor, acha que criança trans não existe, dá uma olhadinha nesse Reels incrível do Gustavo Blogueirinho. Uma chuva de fofura, conscientização e talento.

 

BANDEIRA

Foto: Reprodução

Um movimento tão importante não poderia surgir sem uma bandeira que os represente. As cores escolhidas – azul, rosa e branco – tem como objetivo demonstrar todas as manifestações possíveis da indentidade transexual.

O azul representa homens trans e transmasculinos; o rosa simboliza as mulheres trans e travestis; e o branco fala por aqueles que não se enquadram no binarismo de gênero, como os não-binários.

ENTREVISTA COM BRUNE MEDEIROS

Brune Medeiros, 22 anos, graduanda em Letras pela UFRJ, professora de idiomas e travesti. Em entrevista exclusiva, Brune conta ao Entretetizei como foi seu processo de aceitação, seus desafios e aconselha jovens que estão passando pelo processo de transição.

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

 

1) A nível emocional, quais foram as mudanças que mais percebeu entre o antes e depois? 

 Essa pergunta eu responderia em duas partes. Não podemos perceber a transição de uma pessoa trans só pelo uso de terapia hormonal. Minha transição começou em 2017, quando eu me assumi trans e fui me aceitando socialmente e psicologicamente como uma pessoa não binária. Fisicamente, pouca mudança tinha acontecido. Eu sempre fui de certa forma afeminada, mas nunca tive nenhuma disforia com o masculino. Isso mudou muito com os anos e hoje, por exemplo, apesar de eu não forçar uma rejeição ao masculino, só não me sinto mais atraída por aquilo que é rotulado como tal. Já depois do início da minha terapia hormonal, tudo mudou. Meu corpo começou a mudar e foi se tornando mais feminino. Eu fui me aceitando cada vez mais e gostando mais das minhas mudanças e do meu “novo corpo”. A leitura social feita a mim mudou muito e passei a sofrer muito mais preconceito do que jamais tinha sofrido. Mas por ser branca e de classe média, desfruto ainda de uma certa segurança que minhas irmãs pretas e periféricas não têem a mesma oportunidade. Hoje, apesar de todos os meus privilégios e dessa segurança, eu ainda tenho uma dificuldade enorme de conquistar novos espaços que tradicionalmente não são ocupados por pessoas trans, sobretudo a sala de aula. Nesse momento, eu percebo como a minha identificação como travesti vem acompanhada de muita luta e consciência enquanto trans e travesti. Eu nunca escolhi ser trans e mesmo assim tenho muito orgulho de quem sou, de quem estou buscando ser e daquilo que enfrento pra continuar sendo eu mesma.

 

2) E como foi seu processo de reconhecimento e a importância – e impacto – de compartilhar isso com outras pessoas, principalmente nas redes sociais?

Eu demorei a me assumir nas redes sociais. Por eu não ser assumida em casa, no início da minha transição, apenas amigos e quem convivia comigo na universidade tinham esse conhecimento. Na metade de 2017, eu criei meu nome social e entrei numa fase de adaptação dele por parte das pessoas. Isso demorou pra acontecer 100%, especialmente pela família, mas hoje só quem tem acesso ao meu nome morto basicamente são os bancos e registros da farmácia que eu não consegui mudar. De certo modo, eu já era feliz mesmo sem poder expor isso nas redes sociais, porque podia viver como eu mesma sem precisar colocar uma máscara por vinte e quatro horas, sete dias por semana. Já quando isso virou público, eu simplesmente deixei rolar. Quem quisesse aceitar continuaria comigo e quem não quisesse saiu da minha vida à força. A família obviamente demandou maior paciência, mas hoje já me respeitam e me aceitam como sou. E é sobre isso, sobre ter uma rede de apoio que tá ali não só pra te segurar quando você cai, mas que te enxergam enquanto você tá viva.

 

3) Quais foram as maiores dificuldades que você enfrenta ou enfrentou por ser uma mulher trans?

Eu sou travesti, né? Então, por mais que algumas travas tenham também essa identificação como mulheres trans, eu não pretendo ocupar esse espaço ou almejo esse reconhecimento. Eu sou travesti e me encaixo muito bem numa fluidez dentro disso que chamamos de transfeminilidade. Agora sobre dificuldades, e retomando meus privilégios, eu não diria que segurança tem sido impactante até então. Já recebi ameaças e fui muito assediada nas redes sociais, mas tudo dentro de um anonimato covarde. Uma das maiores dificuldades que estou enfrentando atualmente é no mercado de trabalho. Eu transicionei dentro de uma empresa, como estagiária, mas quando busco outras oportunidades, visto que meu tempo nela está acabando, eu levo muitas portas fechadas. Recentemente, deixei meu currículo em lojas no shopping para trabalhar como “extra natal”. Quando deixei meu currículo, ficou nítido que não me desejavam trabalhando ali e ouvi até que eu não tinha o perfil da marca e, por isso, nem adiantaria deixar o currículo. Além disso, minha terapia hormonal começou pouco antes da pandemia e os efeitos mais marcantes só apareceram há poucos meses, como meus seios. Assim, eu ainda acho que estou para vivenciar muito da materialidade de um corpo trans quando voltarmos para o “normal”.

 

4) Que conselho você daria para uma pessoa que está passando pelo processo de transição?

 Se rodeie de pessoas trans, cultive sua saúde psicológica e não se inspire em nenhuma pessoa cisgênera como modelo de transição. Você não é e nunca será tratada como tal. Se forçar cirurgias e procedimentos letais para buscar um padrão cisgênero é apenas uma tática de auto-ódio que a cisgeneridade nos impõe. Consuma conteúdos trans e se inspire em pessoas como você. Mude seus referenciais e beba da nossa própria fonte. Contribua para construir nossos próprios conhecimentos e conte sua própria história. Não se cale e sempre se defenda. Reconheça quando é hora de se preservar e quando você deve lutar pelos seus direitos. Lembre de como nossos corpos são alvos da cisgeneridade tóxica e não se sacrifique por nenhum cisgênero. Tenha paciência com a sua família mas não deixe de ser quem você é se eles não te aceitarem. Seja egoísta quando se trata da sua sobrevivência e se cuide pelos seus irmãos e irmãs trans. 

Gostou de saber mais sobre a Visibilidade Trans? Entre nas redes sociais do Entretetizei Instagram e Twitter – e comente com a gente. 

Foto de destaque: Reprodução

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Cinema Notícias

Turma da Mônica – Lições ganha o primeiro teaser oficial

O primeiro teaser oficial do novo filme da Turminha foi lançado hoje (29), e já pudemos ver participações especiais como a de Malu Mader

Turma da Mônica - Liçõoes
Turma da Mônica – Lições | Divulgação: Paris Filmes

Quem é que não sentiu aquela pontada de nostalgia com o filme Turma da Monica – Laços? Ver os personagens que marcaram a infância de muitos ganharem vida com certeza foi uma grande alegria. E agora temos mais um motivo para comemorar: A Paris Filmes liberou hoje o primeiro teaser oficial do novo filme Turma da Monica – Lições, e o que não faltou foi emoção e nostalgia

Nós já havíamos falado aqui, no ano passado, que a primeira cena havia sido divulgada na CCXP Worlds, onde Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Cascão (Gabriel Moreira) e Magali (Laura Rauseo) tentam escapar da escola. Já sabíamos também que Isabelle Drummond (Cheias de Charme; Novo Mundo) faria o papel da personagem Tina, porém ainda não tínhamos visto a caracterização. Com o teaser oficial lançado, pudemos ver não só ela, mas também o seu amigo Rolo, interpretado pelo ator Gustavo Merighi

Isabelle Drummond e Gustavo Merighi como Tina e Rolo
Tina e Rolo | Divulgação: Paris Filmes

Falando mais sobre o teaser, ele começa com a professora (Malu Mader) falando sobre a lagarta e o processo de metamorfose, até que ela se transforme em uma borboleta. É possível entender que a Turma também está passando por um processo de metamorfose, onde saem da infância e entram na pré-adolescência. Em um encontro entre Tina e Mônica, mostrado no teaser, a personagem de Isabelle Drummond diz que “a gente pode crescer sem deixar de ser criança”.

O longa Turma da Mônica – Lições será lançado ainda em 2021, mas ainda não tem uma data prevista. O filme é dirigido por Daniel Rezende (Turma da Mônica – Laços; Bingo – O rei das manhãs) e a produção é da Biônica Filmes em coprodução com Mauricio de Sousa Produções, Paris Entretenimento, Paramount Pictures e Globo Filmes. Já a distribuição é da Paris Filmes e Downtown Filmes. 

Confira aqui o teaser oficial do longa Turma da Mônica – Lições:

E aí? Ficaram ansiosos para assistir essa nova aventura? Então corre no Instagram e Twitter e conta pra gente o que vocês acharam. 

* Crédito da foto de destaque: Paris Filmes

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Entretenimento Música Notícias

Numanice Ao Vivo: chegou o novo álbum de pagode da Ludmilla

O álbum foi lançado nesta sexta (29) e traz várias participações especiais

Finalmente o tão esperado álbum de pagode da Ludmilla chegou! A cantora está lançando hoje (29) o Numanice Ao Vivo, que foi inteiramente gravado no Pão de Açúcar. Ao todo, são 14 faixas que estão disponíveis como um show completo no canal do Youtube e em forma de disco em todas as plataformas digitais

Ludmilla
Foto: Divulgação

Ludmilla é a primeira cantora a se apresentar no Pão de Açúcar – tradicionalmente os shows artísticos no ponto turístico são gravados no Morro da Urca. Gravado em novembro de 2020 e sem plateia, já que estamos em tempos de evitar aglomerações, o cenário natural é um dos pontos chaves do show que se transformou em álbum.

“Quis mesclar os sucessos de Numanice, com músicas já consagradas e bastante conhecidas. Na falta do público, não medi esforços para gravar num dos cenários mais incríveis da nossa cidade. Estou na maior expectativa para saber o que a galera vai achar. Fiz com muito carinho!”, conta Ludmilla.

Confira os clipes do álbum Numanice:

 

Sobre o álbum

O álbum é derivado do EP Numanice, primeiro trabalho de pagode da Lud que foi lançado em abril de 2020 e teve todas as faixas no Top 100 do Spotify, muito bem recebidas pelos fãs. Diferente do pop e do funk que estamos acostumados a acompanhar, a ideia do novo álbum surgiu da vontade da cantora em registrar um pagodinho de respeito.

 

Numanice conta com várias participações especiais: Thiaguinho, Bruno Cardoso , Vou Pro Sereno e Di Propósito, além do rapper Orochi. “É um ritmo que faz parte da minha história pessoal pois foi a partir dele que comecei a querer cantar, a gostar e a querer me aperfeiçoar. Foi muito prazeroso e ao mesmo tempo uma responsabilidade. Gravar com essas feras não foi mole não, tenho muita admiração e respeito por todos e poder fazer isso com aval deles é demais”, comentou a cantora.

Ludmilla e Bruno
Foto: Divulgação

Bruno Cardoso, vocalista do grupo Sorriso Maroto, conta sobre a participação: “A Lud é versátil, plural e talentosíssima. Quando escutei o álbum, pirei. Fiquei com a música Não É Por Maldade no repeat por semanas. Já nos conhecíamos, mas nunca tínhamos feito nada juntos. Cheguei até a convidá-la pra cantar antes. Mas não era pra ser naquele momento, porque algo muito legal estava sendo preparado e chegou o momento.”

Thiaguinho, que já havia dividido opalco e estúdio em outras ocasiões com Ludmilla, participou da faixa Amor Difícil: Cantar com a Lud é sempre uma delícia! E cantar pagode com ela é mais gostoso ainda! Sei o quanto ela curte e ela faz com propriedade”, contou empolgado. 

Ludmilla e Thiaguinho
Foto: Divulgação

A intenção é que Numanice Ao Vivo seja apresentado em capitais brasileiras, com previsão de estreia a partir do segundo semestre deste ano, caso os shows possam voltar a acontecer com segurança.

Sobre Ludmilla:

Ludmilla é a primeira cantora negra da América Latina a alcançar mais de 1 bilhão de streams somente no Spotify e tem mais de 1,9 bilhão de views no Youtube. Ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo de 2017 e em 2018 atingiu o topo das paradas de streaming e rádios com os singles Solta a Batida, Não Encosta, Din Din Din e Jogando Sujo. 

Já em 2020, a cantora lançou o tão aguardado single Rainha da Favela juntamente com o clipe gravado na Rocinha, maior favela do Brasil, que totaliza 36 milhões de views.

Foto: Divulgação

E você, já ouviu o novo álbum de pagode da Ludmilla? Conta pra gente no Instagram e no Twitter do Entretetizei.

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação Warner Music

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Entretenimento Entrevistas Notícias

Banda Inmigrantes lança novo álbum e conta todos os detalhes em entrevista

A banda argentina conversou com o Entretetizei sobre as oito faixas, que foram inspiradas em viagens e turnês pelo mundo

Formada pelos irmãos Pablo Silberberg e Carlos Silberberg, a banda argentina Inmigrantes lança hoje (29), o novo álbum America, com oito faixas inéditas, que contam histórias da trajetória da banda, na estrada desde 2004.

Foto: Divulgação

As canções foram compostas por Pablo e Carlos, produzidas por Ettoré Grenci e distribuídas pela Ingrooves Brazil. O álbum é o sucessor do EP Máquinas de Amor, lançado em 2017 e já teve algumas músicas lançadas como singles em 2020: CENIT (em janeiro), Propaganda (em março), Céu da Luisa (em junho), La Melodia de Nelson (em agosto) e Halloween (em outubro). Além dessas, o álbum traz três faixas inéditas: America, Nube Negra e Diabla.

Gravado em Los Angeles e sob o selo americano One Little Blue Record, America traz canções que surgiram em viagens, com uma pegada de passado somado a um futuro que ainda não chegou. “As viagens são inspiradoras. Também são separadores de memória. As turnês e as viagens quebram a rotina e isso quase sempre é muito inspirador. Você nunca sabe por onde vem nem aonde vai terminar. Essas músicas do disco novo a gente vinha trabalhando há muito tempo, esperando chegar o momento”, disse Pablo.

Foto: Divulgação

A banda, que é apaixonada pela cultura brasileira, já fez três turnês pelo Sul do Brasil em 2015, 2016 e 2018, e tem planos de sair em turnê. “Desde pequenos adoramos a música brasileira, escutávamos os discos de bossa nova e tropicália do nosso pai. Em 2015, fomos tocar pela primeira vez e desde então sempre voltamos. Amamos o Brasil, sua cultura, as pessoas e sua energia boa que contagia”, comentam.

Em conversa com o Entretetizei, eles nos contam sobre sonhos, turnê, a história do álbum e muito mais. Confira a seguir:

Entretetizei: Para começar, gostaria de começar falando do passado. O que mudou, na banda e na vida de vocês, de 2004 para cá, quando vocês lançaram Turistas en el Paraíso, e o que não mudou desde lá?

Inmigrantes: Mudaram as épocas, a maneira de mostrar e divulgar os discos, o consumo da música… Redes sociais, streaming… são outros tempos. Antes tudo girava em torno das rádios e da TV. Mas no nosso processo interno nada mudou, seguimos compondo e escrevendo as músicas pelos mesmos métodos desde quando éramos pequenos. Claro que fizemos três discos, cada um na sua devida forma e circunstância, o que os torna diferentes. Mas a essência nunca mudou e isso é o que mantém tudo original.

E: O que o Pablo e o Carlos de 2021 falariam para o Pablo e o Carlos de 2004?

i: Uf tantas coisas! Mais que nada diria “sigam confiando em si mesmo”

E: America certamente chega como um motor para agitar a carreira de vocês. Podem nos contar um pouco sobre toda a história por trás do álbum?

I: Sim, em 2016 nos reencontramos com Ettoré Grenci, quem produziu nosso primeiro disco e depois de 10 anos de conversas e promessas de que um dia voltaríamos a trabalhar juntos, finalmente aconteceu. Em 2018 viajamos a Los Angeles onde ele mora, pra gente se encontrar, gravar, cozinhar e aproveitar o reencontro. E começamos a nos entusiasmar a voltar com tudo. Pra gente que vinha de uma temporada “under” e totalmente independente era um desafio. Mas por outro lado, com uma experiência recorrida e com princípios e determinações concretas e claras, a gente não ia se colocar nas mãos de alguém que não estivesse em sintonia com a gente. Com Ettoré sempre trabalhamos em sintonia. Depois que começamos a gravar ele montou um selo independente com uma distribuidora dos EUA e hoje cá estamos, prestes a lançar America e muito satisfeitos com o resultados do disco.

E: Diversos cantores têm o hábito de escrever canções enquanto estão em turnê ou viajando pelo mundo – um exemplo recente, foi Dulce María, que lançou uma música escrita há anos, na época em que viajava com a banda RBD. Na coletiva, ela comentou sobre a música contar uma história de sacrifícios e de luta pelos sonhos, que hoje traz a sensação de que valeu a pena. O que as canções do novo álbum, que também surgiram em viagens, significam para vocês?

I: As viagens são inspiradoras. Também são separadores de memória. As turnês e as viagens quebram a rotina e isso quase sempre é muito inspirador. A gente gosta de chegar num lugar e poder ter tempo de conhecer bem sua cultura, as pessoas, as ruas, as comidas, escutar alguma rádio local… devoramos o momento consumindo e absorvendo tudo que podemos. E depois as coisas de destacam por elas mesmas, nas imagens, nas frases, cores e texturas… Você nunca sabe por onde vem nem aonde vai terminar. Essas músicas do disco novo a gente vinha trabalhando há muito tempo, esperando chegar o momento. E chegou.

Foto: Divulgação

E: Vocês citam o belo e o misterioso, invocando o passado e um futuro que ainda não chegou, repleto de perguntas. Quais seriam essas perguntas que esperam uma resposta?

I: Toda hora aparecem perguntas novas. Quando você faz um disco novo é um grande mistério o seguinte passo. Nessa tomada de decisões você trata de invocar algo que te ajude a escolher. Nós, nesse disco, fizemos isso, invocando um passado que nos mostra de onde viemos e  deixamos o futuro pro futuro, que ele nos ajuda a dar os próximos passos e tomar as próximas decisões.

E: Vocês passaram por três turnês pelo Sul do Brasil e já sabemos que adoram nossa cultura. Queremos saber: se pudessem fazer parceria com algum artista brasileiro, qual artista seria?

I: Céu ou Rodrigo Amarante.

E: Falando sobre sonhos, qual o maior sonho de carreira da banda?

I: Nossos sonhos são objetivos e nisso estamos trabalhando todos os dias. Agora um sonho como algo distante… poderia dizer tocar com Bob Dylan.

E: E o que podemos esperar da banda Inmigrantes para o pós-pandemia?

I: Já estamos trabalhando em discos novos. Queremos tocar em muitos países, mais que nada queremos fazer muitos shows, tirar o atraso.

E: Para fechar, deixem um recado para o público brasileiro que vai ouvir o novo álbum!

I: Um forte abraço a todxs em Brasil, adoramos a cultura brasileira, a música brasileira e esperamos que vocês gostem de America!

E: Extra: Por que o nome Inmigrantes?

I: Mais que nada o nome faz alusão a nossos antepassados. Somos filhos de imigrantes, somos netos e bisnetos de imigrantes. E em 2001 vimos como muitos familiares, amigos e conhecidos iam embora do país por motivos econômicos e sociais e eu acho que isso nos marcou muito. E com certeza também tem um sentido artístico, é uma alegoria à liberdade e a busca, às origens que nos acompanham em qualquer lugar que a gente vá.

 

Sobre Inmigrantes

Formada em 2004, a banda Inmigrantes lançou seu primeiro álbum em 2007, Turistas en el Paraíso, que incluía os singles Golpe de Suerte e Grafitti, que viriam a ser um dos maiores hits do duo e responsáveis por fazer com que eles ficassem conhecidos não apenas na Argentina, mas também no Brasil, México, Chile, Uruguai, Colômbia, Venezuela e Espanha. Turistas en el Paraíso rendeu à banda duas indicações ao MTV Latin American Awards, nas categorias Melhor Artista Novo e Promessa da Música-,em que eles venceram. 

Foto: Divulgação

O duo ainda lançou dois EP’s (SurPlus, de 2013 e Máquinas de Amor, de 2017) e teve a oportunidade de fazer três turnês pelo Sul do Brasil em 2015, 2016 e 2018, passando por cidades como Porto Alegre, Santa Maria e Balneário Camboriú. 

 

Acompanhe o trabalho incrível deles nas redes sociais:

Instagram: @inmigrantesmusica

YouTube: /InmigrantesChannel

Facebook: /inmigrantesoficial

 

Já adicionou as músicas da banda na sua playlist? Então não perca tempo! Acompanhe as novidades do mundo do entretenimento no perfil do Entretetizei, no Instagram e Twitter.

* Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Música Notícias

Rachel Rossette: cantora americana lança novo single

 

Casada com um brasileiro, artista aposta em hits em português e planeja lançar um EP ainda em 2021

 

Rachel Rossette lança hoje (29) “Eu Gosto”, quarto single de seu EP. Americana, criada em Utah e casada com um brasileiro, Rachel se apaixonou pela música brasileira depois de ouvir ritmos como funk e sertanejo. Ela conta que escreveu essa música “porque todas as mulheres gostam de ser tratadas como uma princesa.”.

Sim, somos independentes e fortes sozinhas, mas também nos sentimos bem quando nos tratam como merecemos. E é claro que tem que ser recíproco também né, mas pra música ser mais divertida só falo do que nós gostamos (risos)!”!

Foto: Capa do single Eu Gosto

Fã de Anitta, Gloria Groove e Luisa Sonza, Rachel já lançou quatro músicas cantando em português. Seu EP, Gringa no Rio, ainda não tem data certa de lançamento, mas acontecerá este ano. 

 Amei as batidas da Anitta, Luiza Souza, Gloria Groove, entre outros artistas incríveis. Foi com elas que aprendi português! Nunca fiz aula – minhas professoras foram as divas do pop brasileiro (risos).”.

Para ela, escrever músicas em português é mais difícil do que em inglês, mas isso não a intimida. Escreve e pede para o marido corrigir a gramática. Quando perguntada sobre as expectativas para o lançamento de Eu Gosto, ela respondeu que “espera que as pessoas se conectem com essa ideia de que mulheres podem ser delicadas, que isso não é sinônimo de fragilidade.”.

CARREIRA INTERNACIONAL

Foto: gravação do clipe Eu Gosto

Rachel começou sua carreira com 14 anos, em Los Angeles. Ela também trabalhou como compositora – fazendo trilhas sonoras -, atriz e ganhou prêmios como o Single Pop do Ano, Hollywood Music and Media Awards, Melhor Artista em Ascensão pelo Los Angeles Tribune e Melhor Letra Original, pela Nashville Songwriters Association

Ainda em Los Angeles, a cantora se apresentou em eventos do Grammy Awards, mas foi quando decidiu dar uma pausa na carreira e se dedicar aos estudos, que Rachel se apaixonou pelo atual marido brasileiro e pela cultura do país. Os dois pretendem se mudar para o Rio de Janeiro em breve.

“Em breve vamos nos mudar para o Rio de Janeiro para me dedicar 100% à carreira musical, o que inclui o lançamento do meu primeiro EP, ‘Gringa no Rio‘, ainda no primeiro semestre deste ano. Estou muito feliz com a mudança e pela chance de morar em um país pelo qual me apaixonei tanto! Espero que todos gostem das minhas músicas e possam se divertir bastante com elas”, finaliza.

Você já conhece o trabalho da Rachel? Acesse as redes sociais do Entretetizei – Instagram e Twitter – e conte para a gente sua música favorita.

*Crédito da Foto de Destaque: Divulgação

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