Dia: 27 de novembro de 2021
Maid é uma história emocionante e sensível, que une mulheres e suas jornadas, relações abusivas, maternidade e superação emocional
ALERTA DE GATILHO: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA/RELAÇÕES ABUSIVAS
[Contém spoiler]
A narrativa da primeira temporada de Maid aborda temas complexos demais para serem ignorados, e isso por si só já torna a história uma grande provocação para uma sociedade com homens doentes e mulheres cansadas, com pessoas se entrelaçando em caminhos confusos e problemáticos. Mas a verdade é que é uma bela história de superação.
Alex é uma mulher frustrada com a sua vida, dentro de uma relação abusiva, com uma família complicada e uma filha para sustentar. Quando ela decide abandonar o marido alcoólatra e violento, levando a filha de três anos, no meio da noite, toda a sua história muda.
Maid é uma minissérie pesada, e isso não se discute. Temos agressão emocional e verbal logo no primeiro episódio, com o desespero de uma mulher para se manter intacta e de uma mãe que quer o melhor para sua filha.
Não existem frases curtas para falar sobre a série. Exceto essa afirmação anterior. Então decidimos fazer uma resenha que disseca a vida de Alex (Margaret Qualley) e toda a sua luta por espaço, superação e liberdade.
Mas vale sempre lembrar: Maid é uma história de amor incondicional.
Stephanie Land
Não podemos começar a falar de Maid sem conversar sobre as origens dessa história.
A grande inspiração veio de um livro homônimo, publicado por Stephanie Land. O site Goodreads descreveu o livro como uma história que explora o ponto fraco da classe média alta da América, e como uma forte exposição da pobreza.
Stephanie Land escreveu essa obra inspirada na sua época de faxineira. Ela limpava casas de pessoas de classes mais altas para poder sobreviver e sustentar seus filhos. E nessa fase ela colheu muitas informações sobre essas pessoas, e lhes presenteou com um livro sobre seus luxos comparados com a necessidade de sobreviver ao mundo.
Não é impossível perceber que desde que os EUA começou a crescer de forma financeira e se tornou uma grande potência mundial (depois de muitas guerras e jogos de poder), eles tentam vender para o resto do mundo uma imagem idílica sobre as condições de vida por lá. Falam sobre famílias estruturadas, casas boas e confortáveis, maridos carinhosos e vivência coletiva extremamente agradável. Quase nenhum produto de audiovisual expõe o outro lado da moeda. Mas Maid é uma narrativa de coragem.
“Uma das coisas que mais me orgulha nesta série é ser tão emocionalmente verdadeira com o livro. Há personagens e histórias que não estão na obra, mas acredito que, emocionalmente, a série conta uma história similar e que ambos têm o mesmo fim e a mesma mensagem”, disse Molly Smith Metzler, showrunner de Maid.
Assim como Alex, Stephanie passou anos vivendo abaixo da linha da pobreza, existindo com auxílios do governo e com um salário miserável que recebia de uma empresa de faxina que a contratou. O sonho de Stephanie, tal como o de Alex, era ser escritora, e ela se viu em todos os tipos de situações de desespero para poder sustentar a si e a filha, enquanto estudava e lutava por um diploma.
Relações abusivas [GATILHO]
Se já sentimos o peso da trama triste por saber que Alex é inspirada em uma pessoa real, imagine ver os problemas de Stephanie Land – e milhares de outras mulheres – sendo exposto na tela com tanta realidade.
Sean (Nicki Robinson) é um marido abusivo, que usa de abuso emocional e psicológico para manter Alex sob sua vigilância constante, e manipula muito de seu temperamento agressivo para trazê-la de volta a todo custo.
Com o discurso do alcoolismo, Sean conquista certa simpatia piedosa por sabermos de sua doença com o vício no álcool, mas quando o vemos quebrar coisas, usar de abuso moral e se aproveitar da vulnerabilidade de Alex por conta da filha, sentimos que nem toda dependência química do mundo é capaz de lhe render perdão.
Maid trata com realidade, e corre o risco de ser sincericida, sobre agressão doméstica. É difícil não sentir mal estar, até mesmo quando não passamos por aquela exata situação.
Sean é mais um homem dentre todos aqueles que formam uma lista de mais de 80 mil mulheres agredidas ao redor do mundo. Com cenas fortes em que ele quebra coisas e taca objetos em Alex, momentos em que ele abusa da substância do álcool e destrói o pouco que ela já tentou reconstruir, com a fuga de Alex e seu sono no acostamento da estrada, somado aos momentos em que ele usa de tons agressivos e demonstra grosseria até mesmo com a filha, são pontos certeiros em uma sociedade falida, cheia de relações amorosas que são desastres absolutos.
É ainda mais desesperador perceber que Alex também é uma filha do abuso doméstico. O abandono do pai na sua hora de necessidade já é um grande indicativo de que, não à toa, Sean é sempre um pobre coitado perante seus olhos, enquanto a mãe, desligada da relação com a filha, pensa que os problemas com Sean não são tão graves assim.
Mas como uma vítima de abuso doméstico, não tratada sobre seus traumas, veria problema em um homem psicologicamente abusador? Temos que partir do ponto que, mesmo parecendo absurdo: os traumas das mães vítimas dessas relações podem ser cruciais para que não vejam isso em seus genros igualmente abusivos especialmente quando elas querem acreditar que suas filhas estão seguras.
Crianças nascidas dos traumas
Como um assunto puxa o outro, o nosso próximo pontinho vermelho no mapa da vida de Alex é a dor de crianças que saem de relações como essa.
Quando o público começa a perceber os sinais de que Alex está fugindo de um homem agressivo, e não o primeiro em sua vida, começa a entender que a disfunção familiar a tornou alguém disposta a suportar certas situações, afinal, Sean é o pai da sua filha. E sobre voltar para ele? Por que não? Se sua própria mãe foi capaz de aguentar tanto de seu pai, e depois procurar por homens que fizeram as mesmas coisas que ele com ela, como ela se atreveria a não continuar no poço sem fundo que é sua relação com Sean?
Mas será mesmo que apenas ela é uma filha de uma relação doente?
Sean é um personagem interessante nesse aspecto. Quando dissemos que ele gera certa empatia piedosa, não é só porque Nicki Robinson tem um rostinho fofo, mas sim porque ele expressa suas questões familiares com mais frequência que Alex.
Enquanto ela usou de seu trauma para se tornar uma pessoa passiva e se permite ser saco de pancada, Sean usa de sua infância conturbada, com sua mãe dependente química (a mãe de dele é uma ex-usuária de drogas pesadas), para se aconchegar ainda mais no seu alcoolismo. Ele é uma criança tão ferida quanto sua ex-esposa, mas sua forma de lidar com isso foi começar a usar substâncias lícitas, ainda na infância, para lidar com o peso da sua família complicada.
Isso é deixado bem claro quando Alex está conversando com Nate (Raymond Ablack) e pergunta se ele cresceu em um lar com pais casados e felizes. Para Alex, Nate nunca vai entender as coisas que a fizeram se sentir ligada emocionalmente a Sean, e como ela passa por cima (com facilidade) das coisas que a própria mãe faz. E a verdade é que Nate não vai entender mesmo. E provavelmente mais ninguém vai entender. Só quem passou por experiências parecidas.
Na minissérie também conhecemos um personagem curioso e completamente desencontrado em toda a trama central: Barefoot Billy. Esse personagem não é desenvolvido, porque ele não tem uma importância direta para a história, mas ele está ali, presente como uma sombra na floresta. É por causa dele que Alex descobre alguns de seus traumas, e nesse momento a trama discursa um pouco sobre abuso familiar com suas crianças de uma forma mais direta.
Para entender melhor sobre o Billy, você pode ler essa matéria, mas é importante para o nosso texto que você perceba que Maid trata sobre crianças machucadas, tanto de formas agressivas, como o pequeno Billy ou o próprio Sean, como de formas mais passivas, como a Alex ou sua filha Maddy (Rylea Nevaeh Whittet) – que, inclusive, reproduz comportamentos de defesa da própria mãe quando criança.
E os padrões comportamentais?
E já que estamos falando sobre traumas e crianças feridas, por que não falar sobre o Nate?
Ele é um homem gentil, amigo antigo de Alex, e não hesita em ajudá-la em todas as questões que ela precisa. Seja uma carona, um carro emprestado, seja o seu sofá. Nate tinha tudo para formar um par ideal, se Maid não fosse tão visceral e realista.
Enquanto assistimos, torcemos para que Alex não fique com Nate, não porque ele seria ruim para ela, mas pelo pensamento: “e se ele for?”
Apesar de ser sempre muito afetuoso e gentil, de estender a mão para Alex e tentar ser uma figura masculina reconfortante para a pequena Maddy, Nate tem tudo para ser o esquerdomacho perfeito, e isso assusta muito, mesmo que a gente chegue a acreditar que ele goste mesmo da Alex.
Quando começamos a ver ele forçar uma certa situação, ou insinuar esperanças de ser mais do que um bom amigo para ela, nos perguntamos se o Nate bonzinho é mesmo tão bonzinho, porque ele começa a soar um mau-caráter dos grandes. Quando Alex assume ter tido uma noite intensa com sua mãe e ter se entregado para uma recaída ao lado de Sean, que naquele momento estava tentando ser um bom pai e bom amigo para ela, Nate deixa de ser tão bonzinho assim.
Não estamos dizendo que o Nate deveria manter ela por perto depois do que houve entre ela e o Sean, mas se ele era um homem bondoso, também divorciado e que estava vendo a situação de desespero daquela amiga antiga e sua filha, não poderia tentar entender que recaídas acontecem? Em um mundo perfeito, o Nate olharia isso com olhos empáticos e seguiria o conselho do filme Simplesmente Complicado (2010), de que algumas relações precisam de uma segunda chance para ter certeza de que acabaram.
Óbvio que se tratando de uma relação abusiva, terminar nunca deve ser vista como uma oportunidade de perdão e segunda chance, mas só quem pode decidir isso é o casal envolvido. Não julgamos o Nate por seu coração ferido, mas por ele ter criado expectativas quando sabia que a Alex precisava de um tempo para entender todos os seus próprios problemas.
A (não) Alex do futuro
Se vamos falar sobre saúde mental em Maid, temos que olhar com simpatia para a mãe de Alex, Paula (Andie MacDowell).
Paula é uma mulher com uma infância obscura para o público, mas se descobre que ela tem tendência a entrar em relações abusivas e que se mantém nelas. Enquanto cria uma realidade alternativa em sua cabeça, na qual tudo é feliz e nada pode dar errado em suas relações, Paula escapa de um marido cruel e corre para outro, sem nem perceber o que está fazendo.
Passamos os 10 episódios da minissérie torcendo para que ela se integre ao grupo de mulheres que Alex se viu obrigada a frequentar, e que use isso a próprio favor, para aprender que seus traumas são passíveis de conserto. Mas enquanto não vemos esse encontro de Paula com pessoas como ela, aprendemos a descobrir os poréns dessa personagem, que sofre suas dores de formas novas e intensas, que sente tudo como arte e que tenta superar seu passado com uma visão apaixonada pela vida.
Talvez Paula seja a inventora dos nomes chiques para situações horríveis, especialmente quando a vemos usar um estacionamento de loja de departamentos como casa, e insistir que aquele é um convívio coletivo. Mas não é bobagem quando ela floreia as coisas que está passando, porque esse é o seu próprio escudo contra um passado doloroso que ela não está pronta (ou disposta) a enfrentar.
Alex passa todo o tempo dizendo que a mãe é problemática, complexa e que tem bipolaridade não diagnosticada, mas a verdade que vemos ali é outra. Claro que ela talvez até seja mesmo bipolar, mas não existe uma prova de que todas as coisas que diz e faz não sejam apenas parte do seu jeito de lidar com suas próprias questões. E é doloroso ver sua filha recusando isso de forma bruta, só porque seu jeito de lidar com os problemas parece menos excêntrico que o de sua mãe. Mas não seríamos todas um tipo de imagem melhorada das dores de nossas próprias criadoras?
O curioso da trama é que Andie MacDowell e Margaret Qualley, Paula e Alex, respectivamente, são mesmo mãe e filha. Isso aumenta o peso das situações e gera uma tensão no público que teme por conflitos maiores entre as duas. É surpreendente ver a força de uma mãe apaixonada por sua filha e por sua força feminina, e é ainda mais curioso ver como Paula rejeita a forma com que Alex enfrenta seus problemas de forma tão intensa quanto o oposto.
Maid preza pelas relações de maternidade e toca em temas sobre ciclicidade familiar e comportamentos repetidos, assim como fala sobre superação feminina em diferentes bolhas e visões.
Essa minissérie é fantástica e merece toda a atenção do mundo, e também nos alegra com a possibilidade sobre uma segunda temporada – mesmo que já saibamos que não seria sobre a Alex, afinal de contas, a sua história já foi completamente contada.
Agora corre lá nas nossas redes sociais – Twitter, Insta e Face – e conta pra gente a sua opinião sobre Maid, e sobre a sua possível sequência. Estamos te esperando!
*Crédito da foto de destaque: divulgação
Onde Fica o Paraíso tem uma narrativa linda e comovente, envolve o público e implora por ser assistida e sentida
[Contém spoiler]
Se você se lembra do meme “não sei nem dizer, só sei sentir”, já está de coração pronto para assistir Onde Fica o Paraíso. Esse filme é lindo, comovente e visceral, com um roteiro feito para ser amado.
Com atuações exemplares, Onde Fica o Paraíso conta sobre Alice Lamb, interpretada por Gemma Arterton quando jovem e por Penelope Wilton na velhice. A protagonista mora em uma pequena cidade inglesa, sozinha, e é conhecida por ser insensível com as crianças e impaciente com os adultos.
Tudo muda com a Segunda Mundial e a evacuação das crianças da capital para o interior. Sem expectativa nenhuma de fazer parte daquilo, a Alice jovem recebe um menino em idade escolar em sua casa, o jovem Frank (Lucas Bond).
Mesmo não tendo se voluntariado para cuidar de nenhuma criança e repudiando a ideia de qualquer criança perto de si, ela aceita o menino quieto e educado que é deixado em sua porta.
Com tramas e mais tramas, Onde Fica o Paraíso entrega uma história de amor, delicadeza e superação.
Mitologia
Alice Lamb é uma escritora de teses científicas. Ela escreve sobre os mitos antigos, como a fada Morgana, por exemplo, e dá explicações científicas para todas aquelas histórias que parecem contos de fadas.
Por causa disso, o filme conta vários trechos sobre contos mitológicos e explora algumas dessas narrativas para ilustrar o imaginário infantil.
O nome original do longa já indica isso ao público, já que se chama Summerland. É explicado, em certo momento da trama, que Summerland é o lugar para onde as almas vão, segundo o paganismo ancestral, depois da morte.
A gente já explicou um pouco sobre como o cinema retrata as bruxas naturais e a cultura pagã, mas esse filme passou despercebido na lista por não ser sobre bruxaria exatamente.
Alice é, constantemente, chamada de bruxa pelas crianças locais, e por isso faz tanto sentido ter esse tema no longa, mesmo que na verdade ela nem acredite em qualquer crença religiosa. Porém, Alice Lamb é uma mulher sábia e estudiosa, e usa de seus conhecimentos para falar sobre o paganismo de uma forma científica.
Summerland ainda é a Terra do Mortos para praticantes da religião Wicca, e é chamado assim porque é um lugar como o nosso, mas com um verão permanente, habitado por seres mitológicos e deuses, onde podemos renascer como seres de luz e de magia. E é exatamente assim que Frank aprende a lidar com a morte e com o que é feito com todas as vidas que estão sendo perdidas na guerra.
A delicadeza de escolher essa forma de falar sobre a perda é imensa, e nos apaixonamos pelo conceito de se falar assim para crianças que não entendem muito bem o que fazer com suas dores.
Um romance de tirar o fôlego
Onde Fica o Paraíso é um filme sobre a Segunda Guerra, mas que só a usa de cenário para algo maior.
O filme fala sobre como era quase impossível uma relação homossexual na década de 1940, e enquanto eu via Alice contar ao Frank sobre o amor de uma forma leve, só era capaz de pensar em Virginia Woolf escrevendo sobre o mesmo tema seu livro Mrs. Dalloway. A representatividade era nula, o existir era impossível e o espaço era um sopro de desespero entre pessoas prontas para tentar viver em uma sociedade machista.
Mas passando por cima de tudo isso, Onde Fica o Paraíso expande os horizontes e prova que algumas pessoas não se permitem viver infelizes por causa de escolhas sociais ou conceitos. E mesmo com as cenas em que é deixado claro todo aquele peso de se ser lésbica em uma realidade muito mais homofóbica do que a que vivemos hoje, o preconceito é um tapa na nossa cara, mas de uma forma que reflete sobre enfrentamento e superação.
Onde Fica o Paraíso também prova que não existe nada mais forte do que o amor, e que um amor só pode ser superado por um sonho que envolva um amor ainda maior e mais incondicional, o que torna a narrativa ainda mais apaixonante.
A simplicidade com que Frank também é confrontado com aquela realidade homoafetiva também é doce, e chega a ser poética. Não tem como não amar a sutileza de Alice quando vemos seus muros começando a cair, e a vemos deixar a pele de alma solitária para se tornar alguém mais caridosa e gentil.
Maternidade
É importante lembrar que Onde Fica o Paraíso é um filme sobre maternidade não planejada. Mesmo que Frank não tenha saído de Alice, ele foi entregue a ela por alguém que confiava nela mais do que qualquer outra pessoa, e que via nela uma segunda mãe para ele. E ela foi se tornando exatamente o que essa pessoa esperava dela.
Quando Vera (quando jovem interpretada por Gugu Mbatha-Raw) manda seu único filho para Alice, sua escolha é calculada. Foi ela quem abandonou aquela relação porque queria ser mãe, foi ela que escolheu ter uma vida socialmente aceita e heterossexual por seu sonho gerar um bebê. Mas Alice foi escolhida: antes por Vera, e depois pelo próprio Frank, que se apaixonou pela mãe postiça que lhe deram, e que a enxergou como a pessoa em quem ele mais poderia confiar.
Também podendo ser visto como um tipo de adoção tardia (que é um tema muito importante entre os casos de adoção), a relação dos dois cria esse impacto sobre o público de Onde Fica o Paraíso, e expande sua importância em uma sociedade que ainda preza pela adoção (quando a enxergam com bons olhos) apenas de bebês e crianças pequenas.
Vale ressaltar que a maternidade não é sempre uma escolha de todas as mulheres. Algumas de nós não se sentem desejosas desse papel e recusam as causas e efeitos de uma criança em suas vidas, porque nem toda mulher tem instinto materno. O filme lida com isso de forma gentil também, e apresenta uma Alice que nunca quis ser mãe, e que não entendia o ponto de vista de Vera, e mesmo sendo obrigada a adotar Frank, ela ainda não tinha o instinto maternal.
Se você assistir ao filme esperando que a adoção possa despertar em Alice esse instinto, vai se frustrar. Ela, na verdade, se torna uma amiga para o menino, e passa a vê-lo como um amigo também. No futuro, quando ela assume de volta o papel de importância que tinha na vida de Vera e então o adota como parte de sua família, ela ainda não sente que Frank despertou seu instinto materno (já que ela continua não gostando de crianças). Ela decidiu amar Frank como um filho, mas não de forma maternal, apenas por um amor anterior por sua mãe. E isso também é lindo!
Agora conta pra gente se você já assistiu e o que achou do filme. Ou se essa resenha te inspirou para assistir a obra. Te esperamos lá nas nossas redes socais: Twitter, Insta e Face.
*Crédito da foto de destaque: divulgação