Um site feito por mulheres, com o melhor do entretenimento!
Autor:Mallú Amábili
Amante dos livros - especialmente os de Jane Austen e das irmãs Brontë -, fã de arte e ouvinte apaixonada de The Beatles. Doida das nail arts, que ama escrever sobre mulheres fortes e filosofar sobre a vida no meio da madrugada.
bell hooks foi uma força catalisadora dentro do feminismo preto e merece ser lembrada como tal
Ontem, dia 15 de dezembro, o ano de 2021 voltou a provar que não está para brincadeiras. Depois de nos tirar Paulo Gustavo, Marília Mendonça e Charlie Watts, nos tirou também a sensacional bell hooks.
Não, você não tem lido errado desde o início do texto: se escreve com letra minúscula mesmo. A intenção de bell hooks era quebrar com as normas cultas de escrita, questionar a força social por meio das suas ideias e confrontar os espaços limitados com debates feministas e raciais. E escrever em letras minúsculas era uma de suas formas de provocação.
Aos 69 anos, ela nos deixou com a carência de seu espírito questionador e impactante, e agora só nos restam as homenagens.
E para celebrar bell hooks, nós decidimos contar um pouco mais sobre ela, e sobre onde encontrá-la no nosso contexto brasileiro.
De onde vem
Gloria Jean Watkins nasceu em Kentucky, na região Sul dos Estados Unidos, no dia 25 de setembro de 1952.
Ela estudou em colégio públicos e viveu o auge da segregação racial nos Estados Unidos, isso sem contar o problema de ter vivido colada aos ideais religiosos do Cinturão da Bíblia, já que o Kentucky está alinhado com os padrões religiosos do Sul do país, mas nem todos desses espaços eram feitos para as comunidades pretas.
Conseguindo se formar com honras em literatura inglesa em Stanford, Gloria Jean Watkins emplacou um mestrado na Universidade de Wisconsin e um doutorado na Universidade da Califórnia, tudo isso depois de passar por problemas de adaptação no colégio integrado que estudou durante a adolescência.
Por ter enfrentado todos esses problemas, ela se intitulou bell hooks, observou e relatou seus espaços de opressão e conquistou muito além do que as expectativas diziam, saindo do meio da classe trabalhadora para se rebelar contra os sistemas opressores.
Suas obras
bell hooks chegou ao Brasil há pouco tempo, mas suas obras já foram traduzidas para mais de 12 idiomas ao redor do mundo, e alcançou um público imenso com sua forma de transgressão social, fazendo duras críticas ao sistema habitual de gênero, classe e raça.
Obviamente, não podemos deixar de ressaltar que seu livro mais famoso, o queridinho O Feminismo É Para Todo Mundo, é uma ode ao seus pensamentos inclusivos dentro do movimento feminista, usando sempre tons pessoais dentro de suas questões políticas.
Lado a lado com nomes do feminismo preto estadunidense, como Angela Davis e Audre Lorde, bell hooks discursava lindamente sobre todos os tipos de igualdade e deixou espaços inteiros sobre suas convicções políticas e pessoais.
No nosso contexto
Além de seus livros, que são mais do que perfeitos, bell hooks faz todo o sentido com a cultura brasileira, e reforça espaços que precisam ser vistos e ouvidos, sempre destacando a voz feminina e preta na nossa cultura, que ainda se distancia e escolhe lados.
O podcast Uma Leitura Toda Sua fez um episódio inteiro sobre bell hooks e O Feminismo É Para Todo Mundo. Além dele, o Grifa e o Campo também falaram dela em episódios centrados no seu tipo de escrita e luta ativista.
O livro Eu Não Sou Uma Mulher?, escrito por ela e já publicado no Brasil, provavelmente é o que mais chama a atenção dentro do nosso contexto nacional, porque debate problemas e preconceitos socioculturais, dando foco em especial para a mulher negra dentro de um movimento feminista que prega a igualdade mas se centra em corpos brancos. O livro se inspira muito no discurso social pregado por Sojourner Truth, uma abolicionista estadunidense.
Temos muito o que pegar de sua obra e de sua história, e anexar sua jornada nos nossos contextos é algo extremamente necessário para uma evolução do feminismo e do feminino, então fica aqui a nossa singela homenagem a essa mulher forte e cheia de ensinamentos.
Para não calar o tema bell hooks por aqui – porque ainda existe muito a ser dito sobre ela -, queremos que você apareça lá nas nossas redes sociais – Twitter,Instae Face – para conversarmos mais.
O filme conta histórias sobre a redação de uma revista estadunidense que tem sede na França do século XX.
Nesse novo filme, Wes Anderson retorna como diretor e roteirista, reunindo seu clássico elenco de peso, com nomes como Bill Murray e Tilda Swinton.
Para celebrar o novo filme do diretor, o Star+ reuniu uma coleção de seus filmes para que o público possa se deliciar com a estética e as histórias de Wes Anderson, um dos diretores queridinhos aqui do Entretê.
Três É Demais (1998)
Max Fischer (Jason Schwartzman) é um estudante comum que se apaixona pela nova professora do seu colégio, a Miss Cross (Olivia Williams). O problema de Max é que o pai de dois de seus amigos, o Sr. Blume (Bill Murray), também está apaixonado por ela.
Max acaba tornando a vida de Miss Cross em um inferno inigualável, em uma eterna disputa pelo amor dela com o Sr. Blume.
E essa é uma (quase) estreia monumental, que catapultou Wes Anderson para um círculo muito exclusivo de diretores fenomenais.
Os Excêntricos Tenenbaums (2001)
A família Tenenbaum é composta por pequenos gênios mirins e seus pais, a mãe dedicada e cuidadosa, Etheline (Anjelica Huston) e o safado e ausente Royal (Gene Hackman).
Os três filhos de Royal e Etheline se tornaram prodígios, um na área financeira, um no tênis e a filha na dramaturgia, mas seus grandes feitos foram perdidos com alguns anos de comodismo, e por uma consequência do destino todos voltam a morar com a mãe, na casa em que cresceram.
No filme, que conta com um elenco sensacional, Wes Anderson faz um estudo cuidadoso sobre redenção, fracasso e relações humanas, tornando tudo complexo demais.
Viagem a Darjeeling (2007)
Os três irmãos Whitman decidem se unir em uma viagem de trem pela Índia, desesperados por acabar com a distância emocional que criaram entre si no período de um ano, mas tudo sai dos trilhos com algumas situações inesperadas.
Com a compra de alguns analgésicos sem receita e uma dose extra de humor ácido, Wes Anderson coloca Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schwartzman no meio do deserto indiano, acompanhados de 11 malas e mais dois itens inesperados.
Exibindo um roteiro perfeito e atrativo, o diretor cria uma nova viagem emocional em seu filme, tocando em pontos como amizade, união e amor.
O Grande Hotel Budapeste (2014)
Gustav H. (Ralph Fiennes) é o gerente do Grande Hotel Budapeste, que se encontra na Europa e faz parte de uma franquia de hotéis de luxo.
A questão com esse gerente em especial é que ele serve de acompanhante para várias das hóspedes mais solitárias do hotel, até quando uma delas falece e lhe deixa uma herança, Gustav, acompanhado de Zero Moustafa (Tony Revolori), se vê dentro de uma guerra familiar.
Falando sobre arte, perseguição nazista, solidão materna na velhice e crescimento pessoal. O Grande Hotel Budapeste é um clássico no currículo do diretor!
Isle of Dogs (2018)
O filme apresenta a história de Atari Kobayashi, um garoto de 12 anos que habita uma cidade comandada pelo prefeito corrupto Kobayashi. Quando todos os cachorros de estimação da cidade de Megasaki são exilados para uma ilha onde só há lixo, Atari parte em busca de Spots, seu cão guarda-costas.
Com a ajuda de seus novos amigos mestiços, ele inicia uma jornada épica que decidirá o destino e o futuro de toda a cidade.
Isle of Dogs tem uma delicadeza sem igual, mas sofre como um dos filmes menos conhecidos de Wes Anderson e, para quebrar esse muro, o Star+ disponibilizou o longa para que o público possa apreciar essa obra prima.
Agora que você já sabe quais os filmes do diretor que estão disponíveis no Star+, queremos saber os que você acha que faltaram nessa lista para maratonar. Estamos esperando você lá nas nossas redes sociais: Twitter,Instae Face. E lembre: só aqui no Entretê você fica antenade sobre as novidades da cultura pop e latina.
Em um misto de luz, arte, cor, música e formas projetadas no chão e nas paredes, e dando ao visitante a sensação de estar dentro das obras do pintor, Beyond Van Gogh cumpre a promessa de colocar o público dentro da cabeça do genial pintor holandês.
Em uma enorme instalação moderna, que abraça e acolhe o espectador de todas as idades, as cores e as emoções impressas nas obras de Vincent Van Gogh serão apresentadas de uma maneira pop e sensorial, em um pavilhão de mais de 2.000 metros quadrados,especialmente construído no estacionamento do piso G4 do MorumbiShopping para abrigar a exposição.
Beyond Van Gogh chega a São Paulo em 17 de marçode 2022 e a Brasília, no ParkShopping, em julho de 2022. Mas os ingressos já podem ser adquiridos no site oficial da exposição.
E aí, você também está contando os dias para poder entrar de cabeça na obra do pintor? Conta pra gente nas nossas redes sociais: Twitter,Instae Face. E não perca nenhuma novidade da cultura pop mundial e latina. É só nos acompanhar aqui no site e nas redes.
Domitila Barrios de Chungara foi um ícone das mulheres latino-americanas e ensinava, nas ruas, sobre senso político
Domitila Barrios de Chungara foi uma mulher forte, mineradora boliviana, que educava seu povo por meio de discursos à céu aberto. E olhando de perto, notamos que estamos sempre tentando ao máximo aprender sobre política, e sempre ouvimos que é necessário ter dinheiro e condições de vida para estudar, mas a verdade é que não é bem assim.
A prova disso foi essa mulher apaixonada por seus ideais de vida, ciente da força bruta que os operários das minas tinham nas mãos, e insatisfeita com a visibilidade social e desigualdade do seu país.
Para aprender sobre política, desigualdade e lutas contra ditaduras, temos que passar pela história de Domitila Barrios de Chungara, que foi uma grande voz – na Bolívia e no mundo – contra a ditadura e a opressão.
Nascida no machismo
Não é preciso relembrar que vivemos em um mundo completamente machista e problemático, cheio de invisibilidade e crueldade; logo, não é preciso recobrar a memória sobre o cenário mundial em 1937, em que ser mulher era um tipo de condenação social. E foi nesse cenário machista e maléfico para a essência do feminino que nasceu Domitila Barrios de Chungara, no dia 7 de maio, com descendência indígena fervendo em seu sangue.
A Bolívia dos anos 1930 pregava a ideia de que mulheres não precisavam aprender a ler e a escrever, porque só serviam para ficar em casa, e não era preciso ser estudada para passar a vida atrás de um fogão. A sorte da protagonista do Latinizei se hoje foi seu pai: um camponês que era contra as ideias sexistas de seu tempo.
O pai de Domitila era à favor da filha estudar, e desde cedo a incentivou aprender sobre o que lhe interessasse, e pregava para ela que: “As mulheres podem fazer as mesmas coisas que os homens”.
Foi também com seu pai que a história de Domitila Barrios de Chungara começou nas minas, já que ele viu na profissão de mineiro uma forma de melhorar um pouco a vida, se comparado com os trabalhos no campo. Especialmente porque quando ainda era criança, a mãe de Domitila faleceu, e por consequência disso, ela se tornou responsável pelas irmãs mais novas, enquanto o pai ia e vinha das minas.
Fundadora do Comitê de Donas de Casa
Domitila Barrios de Chungara começou a vida cedo, e por isso, via nas minas um problema maior do que o que se via na superfície. Como filha e esposa de trabalhadores de minas, Domitila começou a se envolver nos problemas das condições de trabalho dos mineiros locais.
Mas é preciso lembrar que isso aconteceu por volta do fim dos anos 1950 e início de 1960, ou seja, no início da vida adulta dela, e ainda era incomum – e até absurdo – o envolvimento de mulheres em assuntos considerados masculinos. Foi com ela que as coisas começaram a mudar, porque Domitila não se intimidava com pouca coisa, e estava sempre disposta a revolucionar os cenários em que via injustiças acontecendo.
Foi em 1961, já cansada de ver o peso dos trabalhos nas minas pensando sobre si e sua família, que Domitila Barrios de Chungara, que tinha proximidade familiar com a Mina Siglo XX, se juntou a um grupo de mulheres que estavam igualmente frustradas e, juntas, elas começaram a ganhar voz e fundaram o Comitê de Donas de Casa. O comitê feminino teve suporte do sindicato e apoio da Central Operária Boliviana,
e o seu foco era melhorar as condições de trabalho nas minas, diminuir as cargas de horário e aumentar os salários, oferecendo poder de compra para que os mineiros e suas famílias pudessem, pelo menos, comer de forma mais digna.
As chamas de uma mãe
Por volta de 1967, quando René Barrientos estava na presidência da Bolívia, houve uma grande greve trabalhista nas minas e os operários se recusavam a seguir com os trabalhos pesados. Para conter a crise, o governo escolheu usar as armas e o presidente permitiu o envolvimento do exército na greve, o que gerou massacres em Catavi e Lalagua.
Foi então que houve o primeiro baque direto entre Domitila Barrios de Chungara e as autoridades bolivianas, porque no meio da confusão ela foi presa e levada para ser torturada. Domitila estava grávida, e por conta das crueldades sofridas pelos militares, perdeu seu bebê.
Apesar de não sabermos muito sobre essa época de Domitila Barrios de Chungara na prisão, podemos deduzir o que houve por trás das paredes, e isso já é o bastante para nos gerar inconformidade e revolta. Nitidamente esse também foi o sentimento que ela mesma sentiu, e seu sentimento de infelicidade em relação à política bolinava cresceu, dessa vez na voz de uma mãe que tinha sido roubada do dom da vida.
Nessa época, os discursos de Domitila ficaram mais fortes e impactantes, cansados – e agora diretamente feridos – das condições de trabalho e das humilhações, além da constante luta contra a pobreza e da raiva contra o capitalismo.
E aqui nós abrimos uma lembrança cruel de que: Domitila Barrios de Chungara teria sido uma pessoa com muito o que debater com Zuzu Angel, a brasileira que mudou o cenário da moda nacional e se impôs contra um governo ditatorial por causa de seu filho morto pelas mãos dos militares.
A oportunidade na ONU
No ano de 1975, Domitila Barrios de Chungara foi convidada a representar os trabalhadores da Bolívia na Conferência Mundial das Mulheres.
O evento era encabeçado pela ONU e estava sendo realizado no México, prometendo debater sobre as condições de vida das camponesas e donas de casa em condições de pobreza, mas o evento se provou um fiasco em relação às suas promessas, já que era um lugar que reunia acadêmicas e estudiosas das sociedades. Domitila chegou a afirmar que fez o seu papel em denunciar as condições do povo boliviano, mas que não ficou empolgada com o que viu no evento, porque ele parecia exclusivo demais para realmente se importar com as condições de vida de um povo tão humilde.
Foi nessa conferência que Domitila conheceu a acadêmica brasileira Moema Viezzer, que viu na vida da boliviana muito a se usar para debater os problemas sociais, e com diversas entrevistas que fez com Domitila, conseguiu escrever o livro Se me Deixam Falar – Testemunho de Domitila, uma Mulher das Minas da Bolívia.
A história dos trabalhadores catapultou Domitila Barrios de Chungara para o mundo, com o livro contando a sua história e denunciando as condições de vida na Bolívia, enfrentados pelos trabalhadores e suas famílias, sendo traduzido para mais de 10 idiomas e vendendo milhares de exemplares.
A junção entre o discurso que calou a todos na conferência e o livro que Moema Viezzer escreveu sobre Domitila, fez com que as mulheres bolivianas que sofriam com as minas e seus trabalhos pesados e ingratos fossem ouvidos, assim como a violência do governo contra essas pessoas mais humildes fosse denunciada com mais impacto e relevância.
O feminismo que podia ter
Sabemos que o feminismo ainda é muito dividido e que somos constantemente jogadas umas contra as outras, e que o movimento feminista continua dividido entre o feminismo branco, o feminismo preto e o feminismo indígena, além de ter o feminismo das mulheres com deficiência.
Na época de Domitila Barrios de Chungara o problema era o mesmo!
A mais forte afirmação de Domitila era que“sem as mulheres, a revolução fica pela metade”.
Nem é preciso dizer que o feminismo estava ali, enraizado nos conceitos de Domitila Barrios de Chungara. E para fortalecer ainda mais essa informação, lembramos que teve ainda a greve do natal de 1978.
Ainda mais revoltada pelo trabalho do marido que o impedia de lutar por si mesmo por culpa da exaustão do trabalho pesado, Domitila tomou coragem e se uniu a mais quatro mulheres e seus filhos, e foram até La Paz para lutar contra as condições de trabalho que continuavam insuportáveis nas minas.
A greve de fome que esse pequeno grupo começou foi crescendo aos poucos, junto com um sacerdote local e mais pessoas que se indignavam com a situação toda, e logo toda a Bolívia se unia e fervia em protestos pacíficos contra o governo ditatorial que assolava o país.
Domitila Barrios de Chungara e suas quatro companheiras tinham prometido derrubar a ditadura, e cumpriram a promessa inicial com grande estilo. A greve de fome que começou dominou o seu país de forma bruta e então o governo recuou e caiu, e com isso ela entrava ainda mais para o círculo das mulheres fortes, e carimbava de vez o seu nome na história do feminismo mundial, e da luta contra governos ditatoriais.
O fim e o legado
Assim como a maioria dos trabalhadores das minas, Domitila faleceu de câncer de pulmão, em 2012, por causa das consequências de se passar tempo demais no ambiente em que ela cresceu e viveu.
Mesmo assim, temos que lembrar de todos os impactos que Domitila Barrios de Chungara exerceu em vida. Seu livro, publicado inicialmente na íntegra em um calhamaço de 800 páginas, ganhou destaque mundial na versão reduzida, e denunciou os massacres e a violência sofrida pelo povo boliviano, que enfrentava uma ditadura na década de 1970.
Domitila contou, em entrevista, já bem perto da sua morte, que seu sangue revolucionário vem de pai. Ele lutou na Guerra do Chaco, contra o Paraguai, e então tentou viver das minas para sustentar as filhas que tinham ficado órfãs.
Ela também chegou a comentar, enquanto tinha forças para isso, sobre a política de Evo Morales, e afirmou que via muitas melhoras começando a apontar no horizonte, já que tinha vivido e lutado com todas as suas forças contra o governo e as insuportáveis condições de sobrevivência.
Ainda em vida, Domitila Barrios de Chungara usou da sua força e conhecimento político para fundar a Escola de Formação Política.
A ideia veio quando Domitila se afastou das minas em 1986. Ela queria continuar envolvida com as questões sociais e via muito o que se fazer fora do contexto que já vinha debatendo há anos.
Foi durante as eleições na primeira metade dos anos 2000 que Domitila passou a usar seus discursos como um meio de ensino mais regrados, e na sua escola ela treinava os alunos sobre consciência de classe, diferentes abordagens políticas e história do seu país, destacando a ditadura e abordando formas de se melhorar e moldar a democracia para que exista igualdade social e união do povo.
E apesar de não termos muito mais sobre a história dela para contar, temos que refrescar a memória de que ouvir essas vozes femininas e potentes é uma tarefa importante e diária.
Quanto mais mulheres revolucionárias forem esquecidas no contexto mundial, mais a história se perde e mais somos empurradas para a obscuridade, sempre tento que revalidar nossas vozes e revitalizar o álbum de nomes de mulheres incríveis.
Agora que você já aprendeu um pouco mais sobre a história recente da Bolívia, vem conversar com a gente, nas redes sociais (Twitter,Instae Face), sobre mulheres que mudaram os rumos das políticas locais. E não se esqueça que falamos sobre nomes femininos da América Latina que fizeram história todas as segundas, às 18 horas. No resto do tempo estamos falando sobre cultura pop latina e mundial, e não perdemos nenhum lance.
Mapa Astral é o novo single de Ariah, cantora e compositora que se tornou um sucesso viral no Tik Tok
Focada em escrever composições que a conectem com seu público, Ariah lançou seu novo single, a faixa Mapa Astral.
A letra aborda relações e conexões no ambiente virtual, com principal atenção nas questões do público millennial e da Geração Z, que são pessoas que estão muito mais conectadas com astrologia e usam dela uma arma de autodefesa antes de se envolver emocionalmente com alguém.
“Mapa Astral começou como uma brincadeira com meus seguidores, onde eu pedia a eles que mandassem temas e eu escrevia a música na hora. Acabou que gostamos tanto dessa [música] que resolvemos fazer dela o primeiro single depois de muito tempo sem lançar nada”, revela a cantora.
O visualizer do single tem data marcada para o dia 6 de janeiro de 2022, pelo canal de YouTube de Ariah, e promete ser tão bom quanto a música.
E o mais incrível é que Ariah é uma variação inspirada no signo de áries, que é o signo da cantora.
Ariah é bacharel em música, com ênfase em canto, e usa isso para criar composições únicas e atuais.
Seu maior destaque é na rede social Tik Tok, onde ela acumula 870 mil seguidores e passa a marca de 20 milhões de visualizações. Por lá ela faz vídeos divertidos, brincando com o público e interagindo com suas músicas preferidas, seja em português, inglês seja em espanhol.
Como toda boa ariana, Ariah se prepara para lançamentos sensacionais, prontos para ocupar espaço nacena pop e para cobrir os buracos do pop alternativo.
Vem conversar com a gente sobre a Ariah, porque estamos ansiosas00 para papear sobre ela lá nas nossas redes sociais: Twitter,Instae Face. E não esquece: para ficar por dentro de mais informações sobre a cultura pop – latina ou mundial -, você precisa acompanhar o conteúdo do Entretetizei.
A Netflix anunciou o lançamento da série Um Dia, e já estamos criando expectativas elevadas
A história de Um Dia se tornou muito popular depois que virou filme, mas na verdade a obra original é um livro.
Escrito por David Nicholls, o livro de mesmo nome tem uma trama bem delineada e nos emociona a cada novo capítulo. Com o lançamento do filme, em 2011, a história explodiu como um sucesso absoluto e nós ficamos com corações ainda mais quentes.
Agora, na última semana, a Netflix anunciou que teremos mais de Emma e Dexter, dessa vez em versão de série, e nossos corações ficaram como? Explodiram de amor, é óbvio.
E para não deixar de comentar sobre isso (porque a gente ama Um Dia mesmo!), fizemos uma listinha do que a Netflix não pode esquecer de colocar nessa produção.
Licença poética
No livro não temos representatividades importantes e de destaque, primeiro porque a história foca mais em Emma e Dexter, e segundo porque os personagens secundários sempre são uma coleção de brancos.
E a gente sabe que a história se passa na Europa, com toda a questão racial do Reino Unido, mas a gente queria muito que isso não fosse tão abandonado, tanto no livro quanto no filme.
Por isso mesmo estamos esperando que a série traga mais representatividade. A gente sabe que quando uma adaptação está em processo, existe muita licença poética de criação no meio, então por que não termos mais espaço representativo?
Pessoas pretas, indianas, judeus e asiáticas. E dá para ter todo um elenco abrangente, assim como existe espaço suficiente para a comunidade LGBTQIA+.
Representatividade é extremamente importante, ainda mais em um projeto tão popular como Um Dia.
Desenvolvimento
O filme é muito bom, e ninguém aqui vai discutir isso. A adaptação foi muito generosa com a história original e tivemos uma coleção incrível de momentos que realmente estão no livro, assim como tivemos uma bela união narrativa, que seguiu uma linha do tempo realista com o que David Nicholls tinha escrito.
A questão principal do filme é que o livro se passa no período de vinte anos, e é óbvio que isso não pode ser mantido tão fielmente em um filme. E como se pode imaginar, muitas coisas foram perdidas na história durante a primeira adaptação, como a relação de Emma com os pais do Dexter, o relacionamento dela com seu namorado quase marido, a pior fase de Dexter quando ele entrou na televisão e as relações que se desenvolveram ao redor deles com alguns personagens secundários.
E se você acha que isso não abala tanto assim o casal principal, está cometendo um grande engano! A relação deles foi muito prejudicada porque algumas coisas parecem acontecer rápido demais no filme, o que é triste.
Por isso mesmo estamos esperando muito mais desenvolvimento das pequenas histórias que os levaram até aquele final de partir o coração.
Emma e Dexter
Quando o elenco de Um Dia foi escolhido, a pessoa que reuniu esse pessoal estava com muita sorte. Parte de nos apaixonarmos tanto pelo casal protagonista envolve o fato de que Anne Hathaway e Jim Sturgess tinham uma química sensacional.
A gente assiste ao filme e quase acredita que eles são pessoas de verdade, que são amigos tão íntimos e próximos, e que aquela relação é real. A gente shippa eles, é isso, sem mais nem menos.
Saber que terá uma nova adaptação assusta, porque aquele elenco já deu certo, já amamos aquelas pessoas como aqueles personagens, e ficar no escuro, sem saber o que pode vir desse elenco, assusta muito.
Esperamos que a Netflix tenha o cuidado de escolher um elenco que dê tão certo quanto o primeiro, e que o casal principal transborde a química que já temos entre Hathaway e Sturgess.
Feminismo em destaque
Se já queremos mais corpos e histórias, com respeito e igualdade representativa, nem precisamos dizer que queremos muito que o feminismo seja exaltado na série.
Em Um Dia, Emma é uma mulher apaixonada pela sua condição feminina e que reforça a narrativa do empoderamento, sempre ressaltando a força e a capacidade das mulheres em serem tão boas (ou até melhores) que os homens em diversos aspectos.
Pensando nisso, e lembrando que o filme tinha um limite de tempo para desenvolver aqueles personagens, estamos de dedos cruzados para que a série mude isso e dê vida para uma Emma mais parecida com a do livro, ou seja: uma feminista indiscutível.
Não queremos que a Emma soe como a mulher que coloca juízo na cabeça do Dexter e que fica sempre esperando mais dele do que algumas migalhas de atenção.
No livro, Emma é uma mulher que está navegando em seu próprio barco e aprendendo a se virar sozinha, e apesar de ser a pessoa que quer que o Dexter note o quanto ela é especial, ela não vive só da friendzone. Emma tem opiniões bem fortes, é extremamente inteligente e rápida, assim como é gentil de uma forma crua.
Queremos que toda a força feminista de Emma seja colocada em cena, e que Um Dia versão série supere as expectativas do filme.
E você, quais são suas expectativas para essa série que a Netflix anunciou? Responde essa pergunta pra gente lá nas redes sociais: Twitter,Instae Face.
Alta Fidelidade é uma série do Star+ e pode ser maratonada em um dia, além de unir romance e cultura pop
Alta Fidelidade fala sobre a vida de Robyn – ou Rob, para os mais íntimos – e de como ela levou seu mais recente grande fora.
Robyn (Zoë Kravitz) é dona de uma loja de discos e trabalha incansavelmente ao lado de seus fiéis escudeiros musicais: Cherise (Da’Vine Joy Randolph) e Simon (David H. Holmes). Enquanto sua vida profissional vai às mil maravilhas, sua vida pessoal desmorona gradualmente ao lado de Mac (Kingsley Ben-Adir), seu namorado de longa data.
Motivada pelo fora que levou, Robyn quebra a quarta parede e conta ao público sobre seus cinco maiores foras de todos os tempos, enquanto mescla outros tipos de relações pessoais, como sua amizade com seu irmão Cameron (Rainbow Sun Francks), seu amor pela música e um triângulo amoroso complicado com Liam (Thomas Doherty), o músico novinho, e Clyde (Jake Lacy), o cara legal que se esforça por ela.
Luto
Antes de qualquer outra coisa, Alta Fidelidade é uma série sobre luto, e não no sentido de perda e morte, mas no sentido romântico da coisa.
Perder um amor é como uma lenta falência para Rob, que se vê incapacitada de se envolver de verdade com alguém depois de perder Mac. O luto exposto da trama é completamente bem evoluído, e a brincadeira dos cinco passos da perda se mesclam com os cinco grandes foras de Robyn, assim como aparecem em outros pontos como uma brincadeira feita entre a protagonista e seus amigos, que consiste em enumerar cinco grandes coisas como cinco grandes vilões do cinema, por exemplo.
Mas as complexidades da trama ultrapassam a dor do luto e se unem ao questionamento: até onde estamos indo por causa da perda, e onde começamos a agir como pessoas egoístas e mimadas? Os defeitos das pessoas são reais ou somos nós que projetamos nelas as coisas que queremos que elas tenham para que possamos odiá-las?
Inspiração e feminismo
Alta Fidelidade foi inspirada em um filme de 2000 de mesmo nome. Mas não do nada que o filme surgiu. Na verdade, o filme do início do século foi inspirado em um livro homônimo, escrito por Nick Hornby.
Muito da versão original da história resistiu na adaptação, como a tal lista de cinco coisas que é sempre revivida entre os personagens, assim como a chave de ignição da trama, que envolve o fim de um relacionamento de longa data.
O que chega na adaptação com sabor novo é o protagonismo feminino, o impacto de uma narrativa além da curva de mocinha perfeita e relações reais e que representam várias minorias.
A narrativa fala sobre bissexualidade, homossexualidade, racismo e machismo, além de debater um tema de grande importância em cada novo episódio. E a gente recomenda que o episódio que Robyn vai ver uma coleção de discos seja visto com muito preparo emocional e descontração, porque existe um peso machista imenso nesse momento da história.
O querer mais
Com ótimos ganchos para os próximos momentos, Alta Fidelidade não poupa o público da apreciação musical e nos deixa sempre com vontade de mais. Queremos mais músicas boas, mais listas de cinco coisas, mais sobre o Simon, mais sobre a vida de Cherise e mais sobre Robyn e sua vida pessoal desastrosa.
Também ficamos com vontade de levar os temas da série para a terapia, porque Alta Fidelidade é um soco em muitas feridas pessoais, e debate sobre traumas e comportamentos problemáticos – e até viciosos -, assim como faz menção ao defeito da era digital que nos permite forçar a barra com relação à vida de outras pessoas.
O problema de querer mais de uma série como essa é que as plataformas nos consideram desinteressades e perdemos completamente a oportunidade de acompanhar mais das vidas dessas pessoas tão reais. A ideia de uma segunda temporada é perda de tempo, já que teve o cancelamento depois dos dez episódios iniciais.
Mesmo sem segunda temporada, vale o tempo disposto em favor dos episódios, e a gente torce para que o elenco possa se reunir novamente em alguma produção tão boa, já que existe uma química forte em cena, e notamos que existe um grande potencial nessa equipe.
Alta Fidelidade é uma minissérie que ganhou todo o nosso coração, e agora a gente quer saber se ela também já ganhou o seu. Vem papear com a gente lá nas redes socais: Twitter,Instae Face.
A produção Love, Victor conecta histórias e transborda fofura e surpresas
Love, Victor é uma série do streaming Hulu que chegou no Brasil pela plataforma Star+ e conta com nostalgia do filme Com Amor, Simon (2018).
Nessa nova história de Creekwood, Victor se mudou com toda a família do Texas para a antiga cidade do Simon, e agora que os personagens que começaram a trama estão na faculdade, o lugar está de volta aos trilhos habituais: muitas fofocas no site dos alunos (o CreekSecrets), organizações bizarras típicas do Ensino Médio e muitos romances não resolvidos entre os alunos.
Logo no primeiro episódio conhecemos a família Salazar, composta por Victor (Michael Cimino), sua irmã Pilar (Isabella Ferreira), seu irmão caçula e seus pais.
Por serem texanos e terem origem latina, a família Salazar vive um conceito de vida muito religioso, além de exporem as complicações das comunidades latinas nos EUA, como as rendas mais baixas e o preconceito racial.
Já no primeiro episódio, Victor faz amigos, arranja inimigos e percebe que ser ele mesmo em um lugar como Creekwood pode ser um terror, mesmo que Simon Spier seja uma lenda. Ou talvez: justamente porque Simon Spier é uma lenda.
Relações e nostalgia
Por ser um universo que já conhecemos, o roteiro teve o cuidado de colocar figuras que marcaram a história anterior, fosse no livro ou no filme.
A senhora Albright (Natasha Rothwell), que já tinha aparecido no filme, dá as caras como vice-diretora, enquanto o vice-diretor do filme, interpretado por Tony Hale, é apenas mencionado. Mas quem tem destaque mesmo é – e você pode se surpreender com isso: Simon Spier.
Logo no começo do primeiro episódio, Victor manda uma mensagem no direct de Simon no Instagram, desabafando sobre Creekwood, e Simon responde.
Love, Victor destaca a relação virtual que se cria entre Simon e Victor, com desabafos e ombros amigos. Mas para além dessa relação, a série fala sobre vínculos familiares, relações amistosas e autoconhecimento, além de falar sobre relações românticas.
É tudo sobre sentir nostalgia e aprender sobre convívio social.
Love, Victor homenageia Com Amor, Simon, aborda nossa saudade dos personagens originais e discute sobre relações de forma mais direta e necessária. É um arraso!
Representatividade
Por ser uma série jovem e falar sobre o universo LGBTQIA+, Love, Victor abraça a representatividade e esclarece bem os pontos de impacto que podem surgir em diversos contextos sociais.
O grande jogador da escola é um rapaz preto, chamado Andrew (Mason Gooding), que é um verdadeiro clichê das histórias adolescentes dos EUA. Enquanto a mocinha, que tem tudo para ser o centro das atenções, é uma garota preta chamada Mia (Rachel Hilson).
O papel de pessoas brancas sobra para Felix (Anthony Turpel), que é o excluído do colégio, e Lake (Bebe Wood), a melhor amiga de Mia.
Se ficar em segundo plano, no papel de melhor amiga, é sempre um fardo social das mulheres pretas (e As Patricinhas de Beverly Hills que o digam!), Love, Victor troca os papéis e se empenha em destacar corpos fora do padrão branco, hétero e rico.
Mas não é surpresa que seja assim, afinal, a trama original teve origem no livro Simon vs. a Agenda Homo Sapiens, de Beck Albertalli, que é uma autora que adora explorar o inesperado em suas histórias.
Origem e reinvenção
Como acabamos de falar, Love, Victor teve inspiração original no livro Simon vs. a Agenda Homo Sapiens, de Beck Albertalli. Com o sucesso da obra, os direitos foram comprados e o livro (lançado no Brasil pela editora Intrínseca) se tornou o filme Com Amor, Simon.
O sucesso já tinha feito os de mais livros de Albertalli rodarem o mundo, sempre contando uma nova aventura sobre alguém da história original, como é o caso do livro Leah Fora de Sintonia (também lançado pela Intrínseca aqui no Brasil), que conta a história de Leah, a melhor amiga de Simon.
Love, Victor revive esse sentimento de equipe e nos apresenta personagens irresistíveis e apaixonantes, com suas próprias tramas menores que não só ajudam a compor o enredo social de Victor, como nos cativam e nos prendem na tela.
Mas é importante lembrar que a série renova discussões e coloca personagens com sinopses um pouco mais complexas (e por isso mais bem exploradas) em cena. As situações nesse novo momento de Creekwood são completamente novas, porque saem de uma experiência muito confortável do público, já que no filme (e no livro) sobre Simon todo mundo o apoiava, e parte para uma realidade mais crua e fechada. Não que isso não nos deixe com água na boca, mas é por aí que a coisa segue.
Renovação
Ontem, dia 8 de dezembro, a segunda temporada de Love, Victor estreou na plataforma da Star+.
E o que sabemos é que no novo momento da trama, Victor já está enfrentando novos problemas e que ser novato em Creekwood não foi mais do que uma questão passageira… Viver lá é bem mais complexo do que se enturmar.
Também com 10 episódios, assim como a primeira temporada, a segunda fase explora melhor todas as relações ao redor dele, e prende o público ainda mais, com ganchos que foram deixados abertos durante a primeira fase da história de Victor.
Agora que você já sabe a nossa opinião sobre Love, Victor, vem compartilhar as suas impressões sobre a série. Estamos te esperando lá nas nossas redes sociais: Twitter,Instae Face. E não que o papo precise acabar nisso, porque o Entretê tem muito mais sobre cultura pop, cultura latina e acumula resenhas tão legais quanto essa. Vem seguir e compartilhar as nossas coisas!
Inspirado na história real de Lucille Ball e Desi Arnaz, Nicole Kidman e Javier Bardem encarnam o casal de sitcom mais amado da história da televisão para novo drama biográfico
Being the Ricardos é o novo filme da Amazon Studios e foca em contar sobre a relação tempestuosa do casal Lucille Ball e Desi Arnaz.
O lançamento acontece agora em dezembro e estrela Nicole Kidman como Lucille Ball e Javier Bardem como Desi Arnaz.
A sinopse do filme tem o período de uma semana na vida do casal, explorando a relação de trabalho dos dois dentro da relação conjugal, que era explosiva e tempestuosa.
Being the Ricardos, que se apresenta como um drama biográfico, foca nas polêmicas da relação dos dois, e ainda toca no ponto em que Lucille foi acusada de se filiar ao Partido Comunista na década de 1930.
Lucille e Desi foram casados entre os anos de 1940 e 1960, e nessa época eles foram os responsáveis pelo icônico seriado televisivo I Love Lucy, que existiu entre 1951 e 1957.
Lucille Ball e Desi Arnaz interpretaram a si mesmos na série, e por formarem um casal de verdade fora das telas, conquistaram o público muito rápido. Já era de shippe que vivia a sociedade naquele tempo!
Os episódios da série televisiva exploravam a vida de casados, brincava com situações da dona de casa e extrapolava a comédia meio pastelona meio crítica que também era vista na dupla O Gordo e o Magro e no comediante mudo Charlie Chaplin.
Precisamos dizer que I Love Lucy foi o seriado de sitcom, e como tal ganhou destaque na comédia e revolucionou a indústria do entretenimento, ainda mais porque quem estava à frente do programa era a própria Lucille Ball. Uma mulher dominando a produção de um programa tão grande não era comum no seu tempo, mas Lucy era o centro do projeto e – ao lado do marido – revolucionou essa área.
A direção do filme e o roteiro ficou nas mãos do diretor Aaron Sorkin, que foi responsável pelo longa Os 7 de Chicago (2020).
No dia 21 de dezembro o filme vai entrar no catálogo oficial da Amazon Prime Video, e no Rotten Tomatoes (o site de crítica de cinema especializada), o filme já alcançou o total de 71% de aprovação.
Óbvio que isso não é à toa! Todo mundo sabe que Javier Bardem e Nicole Kidman são uma dupla excepcional, e que a química deve ter sido genial. É lógico que a gente acredita que Nicole deve ter entregado tudo que tinha para o filme, já que ela mesma viveu uma relação complexa com outro famoso da área do cinema, tal qual Lucille Ball.
Nós estamos ansiosas para assistir esse filme maravilhoso, e mal podemos esperar para fazer uma resenha.
Você também não vê a hora de poder assistir esse filme? Conta pra gente nas redes sociais: Twitter,Instae Face. E lembre sempre: aqui no Entretê você encontra mais notícias como essa, sobre todo o universo do entretenimento latino e mundial.
Get Back estreou no Disney+, contendo 3 episódios, e já conquistou o público pelo peso emocional e histórico que carrega
The Beatles: Get Back é o novo documentário da Disney+ sobre o quarteto que mudou a história da música e do rock, além de definir novos rumos em toda uma cena cultural, e impacta o público pela sinceridade explícita.
O documentário é orgânico, bem realista e apresenta os quatro de forma crua, com destaques para os comportamentos de cada um, suas funções ali naquela equipe, e apresenta uma dinâmica interna que não era tão conhecida pelo público.
Temas mais complexos são abordados superficialmente na primeira fase do documentário, fazendo uma micro retrospectiva sobre cada momento da carreira deles até aquele instante, e o incidente do comentário de John Lennon sobre Jesus Cristo é mencionado com mais força, relembrando o público que aquela não foi apenas uma fala infeliz, mas também os jogou em um poço de timidez no palco que impediu a banda de seguir para um caminho mais longo e feliz.
As quebras emocionais são nítidas em tela, e isso precisa ser mencionado. Eles foram se fechando em pequenas ilhas emocionais, se focando em projetos distintos demais, e a falência da banda como equipe foi inevitável.
O machismo
A primeira coisa que precisa ser falada sobre esse documentário é que ele retrata de forma excepcional os problemas que estavam crescendo entre o grupo. A morte de Epstein, o comentário infeliz de John Lennon, o projeto de filmagem de Ringo Starr, o envolvimento de George Harrison com a cultura indiana e o perfeccionismo mandão de Paul McCartney que só crescia. Tudo culminou no fim dos Beatles, mas todos culparam Yoko Ono.
Ok, talvez ela fosse um pouco colada demais no marido, mas na posição dela você não seria?
O documentário mostra a distância glacial que John e Paul já tinham criado entre si, e raros momentos em que decidiam trabalhar em equipe novamente e se dar bem. Mas a culpa não era da Yoko Ono.
The Beatles: Get Back oferece cenas e mais cenas de horas gravadas, horas infinitas em que Yoko estava sempre sentada ao lado do marido, ouvindo as músicas, em silêncio, fazendo suas próprias coisas. Enquanto John ensaiava, Yoko se sentava ao seu lado e escrevia, costurava ou só observava. Raras vezes ela brincava ou interagia com alguém da equipe, e em um único momento ela é vista conversando amigavelmente com Linda McCartney.
Todos acusaram Yoko Ono de ter arruinado a banda, mas o ataque é injusto.
Yoko Ono era uma mulher imigrante, tinha tido sua filha arrancada dela e sofria pressão da mídia por estar sempre sendo afetuosa e próxima do marido, mas Linda não fazia o mesmo? E mesmo que Linda não estivesse em todos os ensaios da banda, mesmo que fosse a Yoko a estar ali (e era, mas essa não é a questão): qual era o problema nisso?
O machismo usado para ferir Yoko Ono durante todos esses anos precisa ser repensado com urgência, e as gravações do último show são a maior prova disso.
The Beatles: Get Back reforça que a sociedade gosta de culpabilizar mulheres (imigrantes de preferência) por questões que são exclusivas da falta de capacidade ou de comunicação masculina.
Quem eles eram
Como já foi dito ali em cima, The Beatles: Get Back mostra os quatro de forma extremamente sincera e realista, com destaque para os comportamentos de cada um.
A personalidade caótica de John, com aquela suposta paz de espírito que, de repente, se tornava uma combustão de energia e ele brincava e ria, empolgado com qualquer coisa ao seu redor. A passividade de Ringo, por outro lado, era completamente real e sua delicadeza em observar e não se impor muito faziam dele um tipo de elo emocional entre o quarteto.
George se mostra além das brincadeiras bobas de entrevistas e prova que podia ser tempestuoso e fatalista quando achava que deveria, enquanto Paul era como um líder desesperado por perfeição teórica e foco.
Ver os quatro além de suas armaduras de palco, muito fora de suas personas públicas, é um deleite pessoal, e abrange questionamentos do tipo: como será que durou tanto tempo?
Uma banda sem harmonia emocional não resiste ao tempo, e logicamente não deve persistir a amizade depois disso. Mesmo que machuque assumir isso em voz alta.
The Beatles: Get Back é uma vitrine de exposição para personagens históricos que eram tão misteriosos e cativantes quanto o Mestre dos Magos, e nos faz repensar a paixão que sempre tivemos por cada um deles, reavaliando todos de forma mais psicológica, intimista e realista, como se estivéssemos conhecendo novas pessoas em círculos sociais anônimos.
A narrativa
The Beatles: Get Back faz uma pequena retrospectiva dos fatos, e relembra todo o caminho que foi responsável por torná-los tão grandes como foram.
Desde a criação da banda em 1956 – ainda chamada The Quarrymen -, passando pelos loucos anos da Beatlemania (1963 até 1967, mais ou menos) e chegando ao fim conturbado da amizade, que rendeu o álbum de 1969, Abbey Road, que conta com a capa mais famosa de um álbum da banda: os quatro atravessando a rua Abbey, em Londres.
O documentário apresenta o material da gravação do álbum Get Back, que mostrava músicas mais separadas dos membros, além de exibir os acontecimentos que geraram a última apresentação pública deles em conjunto: o famoso show no telhado da Apple Records, em Savile Row, que era a gravadora autoral da banda.
A apresentação do documentário segue em linha do tempo, compilando as 60 horas de gravação em momentos numerados, com um efeito de calendário transacionando de um dia para o outro.
Talvez o mais curioso seja a relação de cumplicidade que tentavam ter entre si, mesmo com tudo desmoronando ao seu redor, e ainda tendo que lidar com um prazo extremamente curto para preparar o show que seria chamado de Get Back.
E pode confiar: o show do telhado segue intacto. E todas essas horas de filmagem, nunca mostradas antes, abraçam o público e nos fazem chorar de emoção, especialmente pensando no trágico fim que tiveram John Lennon e George Harrison.
Uma linda homenagem
Parte o coração lembrar de como Georgeficou doente e partiu sem estar ao lado dos amigos, de como Johnfoi cruelmente assassinado e de como Yoko se viu sozinha naquele turbilhão, e ainda tendo um filho para criar. Também dói pensar em como Paul se fechou no estúdio depois da morte do amigo, e nem mesmo teve coragem (ou vontade, ou intimidade o suficiente) para visitar a viúva. E mesmo que seja um fato inegável a questão de John Lennon ter sido um pai ruim e marido ainda pior, temos que validar a ideia que ninguém tem o direito de roubar a vida de alguém, ainda mais de forma tão cruel e calculada.
The Beatles: Get Back se prova uma linda homenagem para a banda que mais fez pela história do rock, que foi pioneira em novos estilos de gravação e que inspirou e motivou milhares de músicos ao redor do mundo.
Saindo um pouco do meu papel de redatora focada e imparcial, assumo aqui a voz de uma grande fã emotiva de Beatles, e recobro a memória de quem é fã de pop… Apesar de não ser uma ouvinte desse estilo, eu te pergunto de peito aberto: One Direction teria vibrado tanto o mundo, se antes deles os Beatles não tivessem dado provas de que os fãs são capazes de revolucionar o cenário musical mais do que os ídolos? Teria existido qualquer outra banda impactante no cenário musical sem eles?
O documentário prova que não. The Beatles foi a primeira banda a realmente movimentar o mundo inteiroem um mesmo ritmo, foi a primeira banda a ultrapassar limites e criar uma história realmente forte e sólida, foram os primeiros a unir fãs de diversos estilos musicais em um mesmo lugar. The Beatles: Get Back é a prova de que eles nunca precisaram voltar, porque os Beatles nunca morreram.
E você, o que mais tem a dizer sobre essa banda tão memorável? Estamos te esperando lá nas redes sociais – Twitter,Instae Face – para conversar mais sobre o documentário The Beatles: Get Back. E não se esqueça: no portal do Entretetizei você fica sempre por dentro das novidades da cultura latina e pop.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Acesse nossa política de privacidade atualizada e nossos termos de usoe qualquer dúvida fique à vontade para nos perguntar!