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Disney Plus: o que chega na plataforma em Abril

Raya e o Último Dragão e Greta: O Futuro é Hoje são destaques do mês

 

Mês novo chegando e o Disney Plus divulgou uma lista de lançamentos imperdíveis para maratonarmos. Lembrando que as produções entram no catálogo às sextas-feiras. Vamos aos destaques?

Começamos com a queridinha da nossa infância: As Visões da Raven chega ao Disney Plus no dia 09 de abril. Na trama, protagonizada por Raven Symoné, somos apresentados a Raven Baxter, uma adolescente que tem a habilidade de ver o futuro. Ela sabe tudo o que vai acontecer, antes de os eventos se tornarem realidade. Algumas vezes, ela não sabe onde ou quando essas coisas acontecerão e isso causa alguns conflitos com seus amigos inseparáveis: Chelsea Daniels (Anneliese van der Pol) e Eddie Thomas (Orlando Brown). Além disso, a terceira temporada de A Casa da Raven, spin-off da série, também chega ao streaming nesse dia. 

Com chegada ao Disney Plus em 16 de abril, temos o documentário do National Geographic Greta: O Futuro é Hoje. O curta conta a história da vida de Greta Thunberg, a garota sueca cujas ações inspiraram um movimento global que promove como nunca antes a luta real contra a mudança climática.

Foto: Divulgação/Disney Plus

O filme Raya e o Último Dragão também chega ao streaming do Mickey em abril. No dia 23, a trama traz a história do reino de Kumandra, lugar onde humanos e dragões viviam juntos em harmonia. Entretanto, quando uma força maligna ameaçou a terra, os dragões se sacrificaram para salvar a humanidade. Passaram-se 500 anos até que esses mesmos monstros voltassem e agora a humanidade depende de Raya, uma guerreira independente que precisa encontrar o último dragão e acabar para sempre com os Drunn. Ao longo de sua viagem, Raya aprende que além do dragão também é preciso mais uma coisa para salvar o mundo: confiança.

Também chegam a plataforma os novos episódios de Virando o Jogo dos Campeões, Acredite, é Verdade!, Falcão e o Soldado Invernal (que entram no catálogo em todas as sextas do mês) e filmes como o clássico Mudança de Hábito, Descendentes 3 e O Rei do Show.

Foto: Divulgação/Disney Plus

Confira a lista completa de lançamentos:

02/04

O Reino da Baleia Azul

Delta do Okavango: Paraíso das Águas

Nós Somos os Campeões

Agentes da S.H.I.E.L.D.

 

09/04

Salvar Notre Dame

O Resgate de Luna

Mamá se fue de viaje

Aparências

O Rei do Show

A Arca

Selkirk, o verdadeiro Robinson Crusoé

Fresh Off The Boat

As Visões da Raven

A Casa da Raven

Ciência do Absurdo (Brasil)

 

16/04

Big Shot: Treinador de Elite

National Geographic: As Várias Faces da Terra

Greta: O Futuro é Hoje

Celebridades à Prova de Tudo

A Casa da Coruja

Os Vizinhos Green

Gravity Falls: Um Verão de Mistérios (Curtas)

 

23/04

Raya e o Último Dragão

Photo Ark

O Segredo das Baleias

Mudança de Hábito

No Ritmo

Ducktales: Os Caçadores de Aventuras (2017)

Ducktales: Os Caçadores de Aventuras (1987)

TV Quack

Gárgulas

A Turma do Pateta

Hércules

 

30/04

Gabby Duran – Babá de aliens

Truques da Mente

As Enroladas Aventuras de Rapunzel

Operação Big Hero – A Série

Enrolados Outra Vez – A Série

Tico e Teco: Defensores da Lei

Cosmos: Uma Odisséia do Espaço-Tempo

Deixa Rolar

 

Sem data divulgada

Descendentes 3

Sharks of the Bermuda Triangle

Os Segredos do Zoológico

 

E, aí? Gostou dos lançamentos? Conta pra gente! Fique ligado no Entretetizei, através do nosso Twitter, Insta e Face e confira mais conteúdo sobre o Disney+ e o mundo do entretenimento!

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Disney Plus

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Cinema Entrevistas

Entrevista | Karine Teles fala sobre carreira, personagens, incertezas e projetos futuros

Atriz, roteirista, cineasta e premiada: em entrevista exclusiva ao Entretetizei, Karine Teles compartilha que ainda teme a falta de garantias na carreira

 

Karine Teles é talento da cabeça aos pés. Não há como começar essa matéria sem que esse adjetivo seja atribuído a ela. Com quase 30 anos de uma carreira repleta de personagens complexas e cheias de camadas, a atriz petropolitana começou a atuar aos 14 anos, no teatro, enquanto residia com a família em Maceió. Graduada em Teatro pela Unirio, Karine se encontrou na carreira de atriz. No entanto, nunca se acomodou em personificar as narrativas alheias. Através da escrita, descobriu que poderia contar suas próprias histórias

Sua primeira aparição oficial no cinema foi com o clássico Madame Satã (2002), dirigido por Karim Aïnouz, que a convidou para participar das filmagens. Antes, Karine trabalhava como assistente pessoal do cineasta, sendo responsável pela organização de sua agenda e eventos marcados. Encantada pelas artes cênicas, escreveu seu primeiro roteiro em 2004, na peça teatral Os últimos dias de Gilda, baseada na obra de Rodrigo de Roure. A peça, anos depois, se transformaria em uma série de mesmo nome que, inclusive, foi selecionada para a 71ª edição do Festival de Berlim, que ocorreu virtualmente no início de março. Um sucesso.

A primeira protagonista

Karine Teles dá entrevista ao Entretetizei
Riscado | Reprodução: Divulgação

 

Foi com o filme Riscado (2010), dirigido por Gustavo Pizzi (com quem foi casada durante 12 anos e teve gêmeos), que Karine Teles mergulhou completamente na construção visceral de sua primeira protagonista e também a mais marcante de sua carreira. A personagem Bianca nasceu de um grito de libertação, e muito de sua história foi baseado na trajetória da própria Karine, que escreveu, roteirizou e interpretou a atriz em ascensão que seria um divisor de águas em sua carreira.

Riscado ganhou diversos prêmios e foi destaque no Festival do Rio, que lhe proporcionou o troféu de Melhor Atriz, e no Festival de Cinema de Gramado. “Eu acho que eu fui para essas outras áreas [roteirista e cineasta] por necessidade, por vontade de me expressar. Eu comecei a escrever desde o meu primeiro projeto no cinema porque eu não sabia onde fazer teste, não sabia como entrar no mercado de cinema. Então, eu resolvi escrever uma história para mim, para eu mesma fazer.” conta a atriz.

 

Projeção nacional

Karine Teles dá entrevista exclusiva ao Entretetizei
Que horas ela volta? | Reprodução: Divulgação

 

Cinco anos após sua estreia oficial no cinema, Karine Teles viu sua vida ser sacudida novamente. Com direção de Anna Muylaert, o premiadíssimo Que horas ela volta? (2015) foi eleito pela Abraccine (Associação Brasileira dos Críticos de Cinema) como o melhor filme do ano, e repercutiu nacional e internacionalmente, ganhando sete estatuetas Grande Otelo (Grande Prêmio do Cinema Brasileiro), um prêmio no Sundance Festival, entre vários outros. No papel da mesquinha patroa Bárbara, Karine se viu desafiada ao interpretar alguém com uma essência tão distinta dela mesma.

“Ela [Bárbara] é uma personagem muito importante na minha história. Pelo filme, que é muito importante para o país, para a nossa história cinematográfica; e para mim, como atriz, porque eu tive que fazer uma personagem que era muito diferente de mim, muito. Eu tive que trabalhar pelo avesso, tentando lembrar de pessoas que haviam sido comigo como a Bárbara é como os outros. Uma identificação avessa.” explica.

Consolidação

Benzinho, 2018, dirigido por Gustavo Pizzi
Benzinho | Reprodução: Divulgação

 

Em 2018, Karine Teles se reuniu com seu então ex-marido e pai de seus filhos, Gustavo Pizzi, e juntos roteirizaram o aclamado Benzinho (2018), também dirigido por ele. Dando vida à Irene, mãe de quatro filhos, a atriz comove ao retratar a maternidade real e a partida dos filhos quando resolvem sair de casa para viverem suas vidas. O longa, que também conta com a participação da majestosa Adriana Esteves como Sônia, irmã de Irene, foi o mais premiado de 2018, ganhando o prêmio Grande Otelo em seis categorias e quatro Kikitos no Festival de Gramado.

Poucos meses depois do sucesso de Benzinho, Karine foi convidada por Kleber Mendonça Filho a integrar o elenco de um filme que ele iria dirigir. Lendo o roteiro, ela se deu conta de que o projeto seria fantástico, e aceitou o convite, mesmo sem saber qual papel a aguardava. Corta pra Cannes: Bacurau (2019) vence o prêmio do júri e faz história, figurando em inúmeros festivais nacionais e internacionais. Repleto de cenas violentas e esteticamente impactantes, o filme prova mais uma vez a versatilidade de Karine Teles ao interpretar uma personagem cruel e completamente sem escrúpulos.

 

O Entretetizei teve o imenso prazer de conversar com Karine Teles durante a última semana da Mostra Audiovisual de Petrópolis, que aconteceu virtualmente do dia 19 a 28 de março. A atriz ministrou a masterclass Descobrindo Caminhos, onde dividiu suas dicas e conselhos sobre jornadas de carreira possíveis com os participantes do evento.

 

Confira a entrevista a seguir:

 

Entretetizei: Você é atriz, roteirista e diretora, e está com um projeto de dirigir um filme. Você tem alguma predileção por alguma dessas áreas específicas, ou pretende continuar fazendo de tudo, unindo tudo?

Karine Teles: Eu já dirigi dois curtas. Um já estreou, o outro não. Eu escrevi um roteiro e queria fazer, e na época eu achei que a melhor forma seria eu mesma dirigindo, então chamei alguns amigos e fiz um primeiro curta experimental chamado Otimismo. Participou de alguns festivais, algumas vezes passava no Canal Brasil. É um curta feito com fotografia animada, quase uma animação.

 

E: Legal!

KT: Eu gosto muito dele. Depois eu escrevi um outro curta que também era isso. Porque, no cinema, quem dirige é a pessoa que domina, que junta todas as narrativas. A narrativa do roteiro, a narrativa das interpretações, a narrativa da direção de arte, a narrativa da fotografia. Quem dirige é a pessoa que orquestra todas essas camadas narrativas (…) então percebi que tinha algumas questões que eu queria discutir, que eu queria transformar em filme, e então entendi que eu precisava dirigir. Pode ser que depois eu nunca mais volte a dirigir, pode ser que eu volte… Não sei, é a necessidade do momento, sabe? Eu sou atriz, é meu ofício há 28 anos, é o que eu escolhi fazer, o que eu amo fazer, acho que minha profissão principal é essa. Mas eu sou uma atriz e autora, gosto de contribuir com a minha perspectiva para as narrativas. Então, ou eu estou em projetos que queiram isso, que queiram atores e atrizes autores, ou eu estou fazendo projetos que eu mesma desenvolvi, porque aí também é a minha fala, e eu faço essas coisas porque é minha vontade de me expressar.

 

Karine Teles dá entrevista exclusiva ao Entretetizei
Festival de Gramado | Divulgação: Cleiton Thiele / Pressphoto

 

E: Sobre o filme que você dirigiu… Eu ia até te perguntar se ele já está pronto, se já tem previsão de lançamento. É o Princesa né? 

KT: Não, o Princesa eu terminei o roteiro e a gente está começando a procurar uma forma de financiar. Não tem nenhuma previsão. Eu dirigi outro curta chamado Romance, que está pronto e a gente está começando a escrever em festivais. Vamos ver onde ele vai estrear. Talvez estreie esse ano. Vamos ver. A gente esperou um pouco para entender se os festivais iam voltar a ser presenciais ou não. Então, como eu tenho a promessa do segundo semestre em alguns países, em alguns festivais, vou estar em alguns presenciais. A gente está começando a mandar, vamos ver. Mas ainda não tem previsão de estreia também não.

 

E: Ah, sim. E como tem sido para você unir a profissão e tudo o que você faz ao mesmo tempo com a quarentena? Como tem sido esse momento?

KT: Fases, né? Às vezes dá, às vezes não dá. Acho que como todo mundo, [tenho] altos e baixos. Tive momentos de nenhuma energia criativa, não ter vontade de produzir nada. Tive momentos de produção intensa, onde trabalhei muito nos meus projetos, nos meus roteiros. Tive um momento em que eu trabalhei como atriz, eu filmei uma série para a Amazon durante dois meses e meio. Então, vários momentos assim. Eu acho que como está acontecendo uma coisa com o mundo todo, a gente está compartilhando esse perrengue, todo mundo entende as dificuldades e os esforços extras que tem de se fazer. Eu acho que é tudo mais cansativo, tanto criar quanto participar da criação alheia. Acho que é muito mais difícil, muito mais cansativo nesse momento porque a gente está vivendo uma tragédia. A gente está vivendo uma guerra, a terceira guerra mundial, o mundo inteiro está lutando contra ele mesmo. É uma guerra que nós lutamos contra nós mesmos. Contra nossa própria ignorância, nossa própria burrice, nosso próprio egoísmo. É o mudo inteiro lutando contra o mundo da humanidade, então é muito cansativo. Em alguns momentos eu tenho conseguido trabalhar, em outros não. Acho que como todo mundo.

 

E: Eu acho que o pior disso tudo é não saber muito bem pra onde a gente vai, como a gente vai e quando isso tudo vai acabar. Então se torna muito mais desesperador, né? É complicado ter momentos de otimismo, mas mesmo assim, seguimos tentando.

Você tem 28 anos de carreira. São quase 30 anos atuando e roteirizando, você já fez de tudo um pouco. E personagens muito distintas entre si. Teve Bianca, de Riscado; Irene, de Benzinho; Bárbara, de Que hora ela volta?, Ângela, Lolita Rodrigues, Gilda, dentre várias outras. Qual personagem que mais te marcou e qual você mais se identifica?

KT: Eu acho que no meu trabalho eu acabo me identificando com todas as personagens, porque, para mim, a personagem não existe. Existe eu, encontrando em mim ferramentas que sirvam para contar aquela história. Então, eu procuro lugares para me identificar com as personagens, e tenho identificação com todas as personagens que eu faço. Para o bem ou para o mal. Às vezes, a identificação vem ao contrário (…)

A Bianca eu acho que pra sempre vai ser a personagem mais importante da minha vida, foi a que me fez começar minha carreira no cinema. A que me proporcionou realizar meu desejo de tantos anos. Eu tenho 28 anos de carreira, mas eu só vivo exclusivamente do meu trabalho de atriz há mais ou menos dez anos. Eu sempre tive profissões paralelas, sempre fiz outras coisas para ganhar dinheiro. Para sobreviver, para pagar minhas contas. Eu moro sozinha desde os 17 anos de idade, trabalho desde os 14. Sempre tive outra fonte de renda, porque o caminho que eu escolhi seguia a carreira artística, e era um caminho que não me dava um retorno financeiro muito rápido. Continua não dando.

 

Riscado, produção de 2010, dirigido por Gustavo Pizzi
Riscado | Reprodução: Divulgação

 

E: É muito incerto no Brasil.

KT: É. Hoje em dia eu consigo viver do meu trabalho, mas ainda fico o tempo inteiro atenta. “Tem esse trabalho aqui”, “qual vai ser o próximo?”, eu não fico tranquila. Espero um dia conseguir ficar tranquila.

 

E: Pensar: cheguei lá, agora, não preciso mais trabalhar. 

KT: Não, não é não trabalhar. É saber que vou ter trabalho. Tranquila nesse sentido. Eu adoro trabalhar, eu gosto muito de estar em cena, realmente eu sou muito apaixonada. Não fico tranquila de achar que eu sempre vou ter trabalho.

 

E: Vamos falar um pouquinho sobre as premiações. Você é uma artista super premiada, começou com  Riscado. Foi um filme muito aclamado e que te trouxe projeção nacional. Depois veio Benzinho, extremamente premiado, super reconhecido lá fora. Logo após, veio esse estouro absurdo que foi Bacurau. Como foi essa experiência pra você? Manter o pé no chão, mas, de certa forma, pensar “nossa, o meu trabalho rendeu todos esses frutos, eu cheguei nesse ponto”?

KT: Eu acho que essas premiações vieram em um momento na minha vida em que eu já estava nessa profissão há muito tempo. Em Riscado, eu já era atriz há mais de 14 anos. Então, de alguma maneira, eu encarei os prêmios mais como um estímulo para não desistir, para continuar, do que uma sensação de vitória, ou “conquistei um lugar ao sol”, o que não é verdade, ao meu ver. Eu fico muito agradecida, muito honrada por ter recebido prêmios com o meu trabalho. Mas às vezes tem aquele dia que você pensa “caramba, vai acabar esse projeto em que eu estou trabalhando e não tenho outro em vista”. Por exemplo, no ano que Benzinho estreou eu fiquei sete meses desempregada. Eu encontrava as pessoas na rua e elas falavam “ai, que sucesso, tá cheia de prêmio, parabéns, tá arrasando!” e eu falava “é, mas eu tô desempregada.”

 

E: O tempo é muito diferente… Quando está chegando pra gente, é uma coisa que você já fez, às vezes, há dois anos.

KT: Exatamente! Você ganhou aquele cachê dois anos atrás e não tem nem um tostão daquele dinheiro, você ganha um prêmio e o prêmio não te dá dinheiro nenhum também, na maioria das vezes. Gramado até tem uns anos que dá um dinheirinho. Eu lembro que teve um ano que eu ganhei, e teve um cachê que salvou minha vida. Geralmente não tem não, é um reconhecimento. Então, os prêmios para mim vêm muito nesse lugar de serem um estímulo para não desistir, de pensar “alguma coisa você está fazendo direito, força aí!”. Eu fico muito feliz de ser indicada, de ser lembrada, mas sempre pensando que são um combustível que eu ganho para seguir a viagem.

 

E: Você é uma excelente atriz, isso é inegável. E uma excelente roteirista também. De onde vem essa inspiração, essa força interior que te ajuda a interpretar personagens tão diferentes de você, como foi a Bárbara, que você citou? A gente consegue olhar para ela e entender minimamente o que ela está passando, mas ela é uma personagem muito eficiente em fazer com que você sinta muita raiva dela. E também a forasteira, de Bacurau… De onde vem essa naturalidade para você interpretar essas personagens? Você é muito natural na sua atuação, foi construído? Sempre foi assim?

KT: Eu acho que é uma mistura de muita coisa. Eu sempre gostei muito de ler, sempre gostei muito de ver filme. Eu vejo filmes diariamente, tem dias que mais de um. Se eu passo um dia sem ver um filme, já começo a ficar nervosa. Vou muito ao teatro, observo muito o trabalho de outros autores. Eu pesquiso, já trabalhei com grandes atores com quem aprendi muito. Trabalhei com diretores com quem aprendi muito. Eu acho que é um acúmulo de experiências, e que meu trabalho como atriz dentro de um filme é tão importante quanto o trabalho de um diretor de fotografia, do cenógrafo, do maquinista, do eletricista. Quando você está fazendo um filme, se qualquer uma dessas coisas estiver fora do lugar, o filme não acontece. Então, é um exercício de presença, um exercício de se preparar, entender onde você está, do que você está falando, quem é a sua personagem, o que ela representa naquela história. E ter toda essa segurança para estar na frente da câmera, presente, reagindo ao que está acontecendo. Reagindo ao outro ator, à luz, ao texto, ao cenário, à locação, ao lugar que você está. Fico feliz quando as pessoas falam isso para mim, porque é o tipo de interpretação que eu gosto quando vejo, nos outros, e me inspiro em grandes atrizes para aprender, sempre. Acho que a gente está sempre descobrindo novos caminhos, novas formas. Acho que é o exercício, eu estou o tempo inteiro pensando nisso.

 

 Entrevista Entretetizei, Karine
Reprodução: O Globo / Fabio Seixo

 

E: E você sempre está trabalhando, o tempo inteiro. Você falou que todo dia assiste filmes, consegue desligar essa parte sua e pensar “vou ver este filme por entretenimento”?

KT: Consigo! Adoro ver filme besteirol. Amo comédia sem conteúdo, musicais bobos, animações da Disney. Consigo super! Claro que tem um limite da qualidade da coisa também, um troço muito ruim não vai dar.

 

E: E o que tem te distraído em relação a filmes, séries? O que gosta de assistir e ouvir?

KT: Eu estou em uma fase de muito trabalho, então não tenho conseguido assistir tanta coisa. Eu gosto muito de ouvir música. E toda noite eu assisto um filme com meus filhos, que têm 10 anos, então tem uma curadoria mais leve. Por mais que a gente adore filmes de super-heróis, Star Wars, essas coisas. Eles descobriram agora Modern Family, que é uma série americana que acabou de encerrar na 11ª temporada. Eu amo aqueles atores, acho maravilhosos. Eles estão achando divertidíssimo assistir, então a gente passou a ver do começo. Morro de rir e fico muito emocionada com comédia, com bons atores de comédia. Sempre falei isso. A Tatá Werneck, por exemplo, eu choro às vezes de emoção com a interpretação dela, de tão foda que ela é como atriz, como comediante. Às vezes a gente assiste algumas animações da Pixar, eu adoro os curtas deles. São coisas de muita qualidade com as quais a gente aprende pra caramba também, tanto eu, quanto eles. Mas são coisas que dão uma relaxada, não tenho conseguido assistir nada muito pesado, não. Porque a vida já está [pesada]. O Brasil, a pandemia, tudo.

 

E: Para encerrar, eu gostaria que você falasse sobre seus projetos futuros. Você falou que está trabalhando muito, além dos longas que você dirigiu. O que você tem pra frente? 

KT: Tem essa série que eu filmei, que imagino que estreie por volta do meio do ano, chama Manhãs de Setembro. Vai estrear na Amazon Prime, com a maravilhosa Liniker, que é a protagonista. Tem Paulo Miklos, Gero Camilo, Linn da Quebrada. Um elencão e um roteiro lindo, dirigido pelo Luís Pinheiro e a Dainara Toffoli. Estou ansiosa para essa estreia. Tem um filme que eu fiz com o Gustavo Rosa de Moura, que é um diretor de São Paulo, com a Andrea Beltrão, uma das minhas musas inspiradoras. Acho ela uma gênia. Aprendo muito, e tive a felicidade de contracenar com ela em três projetos, recentemente! 

Eu dirigi um espetáculo online chamado Morra, Amor, que teve apresentações no final do mês passado, e estou fazendo agora, neste momento, até domingo, um espetáculo online como atriz, para o Festival de Arte de Hong Kong. É um elenco de seis atores, cada um de um país, e a gente faz um espetáculo baseado n’A Peste, de Camus. É uma adaptação para o teatro de um dramaturgo inglês, o diretor é chinês, a dramaturga e a cenógrafa, diretora de artes, são australianas. Tem eu do Brasil, um ator da Inglaterra, um do Líbano, um da África do Sul, uma da China e um dos Estados Unidos. São apresentações ao vivo, todo dia de manhã, por causa do fuso horário. Foi um trabalho puxado, bem chato. A gente trabalhou muito, e agora está acabando a temporada. Só que do Brasil não dá para assistir por questão de direitos autorais. O sinal só fica aberto para Hong Kong. Então não dá para ver aqui, mas é o que está rolando, até domingo é isto o que eu estou fazendo. Depois eu espero conseguir descansar um pouquinho, porque eu estou em uma batida puxada há um tempo. Mas um pouquinho só, volto a trabalhar logo depois.

 

Confira abaixo os melhores momentos da entrevista com Karine Teles:

 

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*Crédito da foto destaque: Guilherme Scarpa

 

 

 

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Entretenimento Notícias

Conheça Sempre Fui Eu, nova série protagonizada por Karol Sevilla

Produção original do Disney Plus deve estrear no final de 2021

 

Karol Sevilla está de volta à Disney. Após estrelar Sou Luna, ela retorna ao canal para a série Sempre Fui Eu. A nova produção latinoamericana está sendo gravada na Colômbia e deve chegar ao streaming do MIckey no final do ano. 

Além de Sevilla, estão no elenco os atores José Julián Gaviria (Pipe), Simón Savi (Charly), Antonio Sanint (Lucas Martin), Adriana Romero (Wendy), Juliana Velásquez (Angie), Dubán Prado (Sammy), Alejandro Gutiérrez (Kevin), Katherine Escobar (Mercedes), Eliana Raventós (Lucía), Marisol Correa (Cecilia) e Felipe Botero (Ariel). A nova série será composta por dez episódios de 40 minutos, dirigidos por Felipe Cano.

https://www.instagram.com/p/CNAosL9g8hC/?utm_source=ig_embed

A trama acompanha a história de Lupe (Karol Sevilla), uma garota mexicana que tem a vida transformada com a morte do pai, El Faraón (Christian Tappan), o maior astro da música colombiana. Ela decide sair do país natal e ir à Cartagena para o funeral. Chegando lá, ela desconfia das circunstâncias da morte do pai e, para investigar melhor os bastidores do ocorrido, decide se inscrever em um famoso concurso musical. Ao lado de Noah (Pipe Bueno), ex-assistente de El Faraón, Lupe embarca na perigosa missão para desvendar o mistério.

A produção contará com canções originais produzidas por Maurício Rengifo e Andrés Torres, interpretadas por todo o elenco. As gravações vão durar até maio deste ano, em locações nas cidades colombianas de Bogotá e Cartagena, entre outras, além da praia de Barú.

https://www.instagram.com/p/CNAhqvEDtpb/?utm_source=ig_embed

Sempre Fui Eu é parte do projeto da The Walt Disney Company que tem o objetivo de produzir 70 títulos originais na América Latina, entre 2020 e 2021, para o Disney Plus, em parceria com produtoras no Brasil, México, Colômbia e Argentina e elenco de toda a região.

E,aí? Gostou da novidade? Quer saber mais notícias como essa e ficar por dentro das novidades do mundo do entretenimento? Acompanhe o Entretetizei no Twitter, Insta e Face!

 

*Crédito da foto de destaque: A Febre/Divulgação/Disney Plus

 

 

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Cinema Entretenimento

HOMO DOC: documentário híbrido que trata de vidas LGBTQIA+ estreia nesta terça

Mescla entre ficção e realidade, HOMO DOC faz refletir acerca dos dramas que marcam a comunidade 

Uma pergunta permeia diariamente as histórias de pessoas que compõem a sigla LGBTQIA+: O que você tem medo de perder?. Foi a partir desta pergunta que o ator e roteirista Jozias Benedicto criou o documentário curta-metragem HOMO DOC, que estreia nesta terça (30) às 16h no canal do YouTube e Instagram do filme. Na produção, histórias ficcionais, depoimentos reais e fatos históricos se entrelaçam nas vozes dos quatro atores que compõem o elenco e que trazem à tona temas como união estável, família, luta, HIV/AIDS, representatividade política, racismo, transfobia e censura. Confira o teaser:

Com um elenco majoritariamente LGBTQIA +, a obra traz muita representatividade. O projeto contou, em sua elaboração, com entrevistas e coletas de depoimentos realizados a partir de uma longa lista de questões vividas dentro da comunidade, sobre a qual uma pesquisa já vinha sendo elaborada há cerca de dois anos para a criação de um espetáculo teatral.

“Percebemos que trazer fatos reais e pessoas em seu local de fala auxiliaria na identificação da população através do que chamamos de ‘efeito espelho’. O real narrado, através de depoimentos e contextualização histórica, sendo espelhado nos personagens, fortalecendo o pensamento de que, o que se vê na ficção, também pode e muitas vezes, é real. Dessa forma atravessam a tela, estabelecendo esse efeito refletido entre o espectador e a obra, mostrando que ficção e realidade caminham juntas. As histórias que ouvimos, lemos e contamos, estão acontecendo por aí, em toda parte”, explicam os idealizadores do projeto.  

Dessa forma, por meio de histórias comuns no dia a dia da comunidade LGBTQIA+, HOMO DOC dialoga muito com o Brasil de 2021. Com muita sensibilidade, a obra trata de grandes e recorrentes dilemas, como a recusa da orientação sexual pela família, a não aceitação da homossexualidade em si mesmo, a vivência soropositiva em meio ao conservadorismo vigente e a censura e os ataques cibernéticos à arte disruptiva.  

Elenco de máscaras
Elenco de HOMO DOC / Foto: Divulgação.

Como forma de incluir o maior número possível de pessoas no debate proposto, o curta estará disponível em libras e também contará com legendas em português, inglês e espanhol. Afinal de contas, como o diretor do documentário, Julio Wenceslau, destaca, “a relevância do debate e deste projeto não está pautada somente para a classe LGBTQIA+, mas igualmente para a sociedade em geral”.

Para esquentar a estreia do filme, o elenco e equipe participam, também na terça, de uma live às 20h nas plataformas digitais do HOMO DOC. A ação faz parte de um conjunto especial de lives pensados para mostrar os bastidores da produção e ampliar a conversa com o público. Nelas, os espectadores poderão conferir todo o processo criativo do curta, realizado com recursos do Governo Federal, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro através da Lei Aldir Blanc.

 

E aí, ansioso para conferir? Conte suas impressões sobre HOMO DOC no Insta, Twitter e Face do Entretetizei.

 

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação.

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Cinema Entretenimento Resenhas

Resenha | A Despedida emociona e gera reflexão na medida certa

Com elenco de peso, longa acerta ao suscitar o debate sobre um tema considerado tabu: o suicídio assistido

 

Atenção: o texto pode conter spoilers.

Uma família se reúne na casa de praia da matriarca, para se despedir, em um final de semana repleto de memórias, desentendimentos, nostalgia, lágrimas e verdades escancaradas aos gritos. Esse é, basicamente, o enredo de A Despedida (título nacional para Blackbird, 2019), dirigido por Roger Michell e adaptado do drama dinamarquês Coração Mudo (Silent Heart, 2014).

Protagonizado pela veterana do cinema, ativista e ganhadora do Oscar Susan Sarandon, o filme pode ser descrito como um dramalhão familiar bem executado e extremamente sensível, mas sem se deixar levar pelo piegas. No entanto, isso não impede que ele se apoie confortavelmente em alguns clichês ao longo da narrativa.

 

Blackbird: A Despedida, com Susan Sarandon, Kate Winslet e Mia Wasikowska
Reprodução: Divulgação

 

Lily, interpretada de forma notável por Sarandon, é uma jovem senhora de classe média, casada com o médico Paul (Sam Neill). A vida de ambos seria perfeita, se não fosse um porém: Lily sofre de esclerose lateral amiotrófica. Conhecida como ELA, a doença degenerativa avança e a impede de mover um dos braços, causando dor e reduzindo absurdamente sua capacidade motora também ao andar. Diante desse cenário, ela toma uma decisão drástica, que se torna responsável pela união imediata da família. Lily opta por planejar e determinar a data de sua partida antes que a doença avance ainda mais e a deixe completamente imobilizada.

Com a aprovação de seu parceiro, o plano é delineado e comunicado ao restante da família. A matriarca, serena e decidida, convoca seus entes para um final de semana de despedida. E é assim que a trama dá seus primeiros passos. Os conflitos, antigos e atuais, vêm à tona.

 

Blackbird: A Despedida, com Susan Sarandon, Kate Winslet e Mia Wasikowska
Reprodução: Divulgação

“Can we all behave as normally as possible?”

A união de toda a família gera momentos curiosos, constrangedores, bem-humorados, tocantes e, acima de tudo, reflexivos. Lily tem duas filhas: a rígida e conservadora Jennifer, vivida pela sempre impecável Kate Winslet, e a inconstante Anna (Mia Wasikowska). Ambas levam seus cônjuges: Michael (Rainn Wilson, conhecido por seu papel marcante como Dwight, em The Office) e Chris (Bex Taylor-Klaus). Também estão presentes o adolescente Jonathan (Anson Boon), neto de Lily e único filho de Jennifer e Michael, e Liz (Lindsay Duncan), melhor amiga de décadas do casal protagonista e sempre presente na família. 

 

Filmado a maior parte do tempo dentro da casa de praia, o longa-metragem mira bem e acerta no alvo ao priorizar as atuações, os olhares, silêncios e diálogos do elenco de peso selecionado para dar vida aos personagens do remake. O roteiro foi intencionalmente escrito por Christian Torpe, também responsável por escrever a obra original, de 2014, e enfatiza as relações humanas e os laços que são fortalecidos ao longo da vida.

 

Blackbird: A Despedida, com Susan Sarandon, Kate Winslet e Mia Wasikowska
Reprodução: Divulgação

“Once we set a date, I stopped worrying about dying, and I could focus more on living.”

A construção da narrativa de Lily

Para quem assiste A Despedida, fica claro que Susan Sarandon brilha e rouba toda a atenção para si, em uma atuação segura e repleta de certezas. É até difícil imaginar que o papel iria, inicialmente, para outra grande atriz de renome e carreira notável: Diane Keaton. Em 2018, com o filme ainda em pré-produção, foi noticiado pelos veículos de mídia que Keaton interpretaria a protagonista. Por algum motivo, provavelmente conflito de agenda, ela declinou, e o papel acabou indo para Sarandon. E que bom, pois não poderia ter funcionado melhor. 

 

A personagem Lily, aparentemente, foge de qualquer espécie de convencionalismo e se destaca pela modernidade com a qual foi construída. A matriarca do núcleo é, obviamente, mãe, avó, amiga e esposa, mas, acima de todas as coisas, é uma mulher dona das suas decisões. E não abre mão de seu papel no mundo: ela conversa abertamente sobre tabus, causando desconforto frequente nos mais reservados da família, e se utiliza desse papel para incentivar o neto a seguir uma vida que valha a pena ser vivida. Esse é seu lema. 

“Inheritance has to all be spent on hookers and blow.”

 

O filme atinge seu objetivo de normalizar diversos tabus ao retratar o destino da família de maneira leve, enfatizando a todo tempo o poder de liberdade de Lily, que, mesmo doente, não teve seu destino roubado de si. Pelo contrário, o abraçou e teve sua trajetória respeitada, mesmo que isso significasse abdicar de seu próprio futuro.

 

Confira o trailer a seguir: 

 

 

A Despedida estreia no Brasil nas plataformas digitais em 31 de março, e estará disponível no Now, iTunes, Google Play, Youtube Filmes, Vivo Play e Sky Play.

 

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*Crédito da foto destaque: Divulgação

 

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RBD: live Ser o Parecer 2020 recebe transmissão em TV aberta, com nostalgia e críticas

A live ganhou um especial, com participação de Anahí, Christopher Uckermann, Christian Chávez e Maite Perroni, que cantaram os maiores sucessos do RBD e levantaram críticas importantes

 

O canal Las Estrellas, da Televisa, emissora que exibiu a versão mexicana de Rebelde, transmitiu na noite de ontem (28), a live Ser o Parecer 2020, num especial que contou com versões reeditadas das apresentações e com a participação de atores e profissionais envolvidos na novela. Apesar de ter sido transmitida apenas no México, fãs do mundo todo conseguiram assistir ao especial, com forte presença online dos brasileiros, numa noite repleta de nostalgia.

 

Intitulado #SerOParecer2021, o especial contou com algumas das músicas exibidas originalmente no concerto de 26 de dezembro do ano passado, como Sálvame, Ser o Parecer, Solo Quédate en Silencio, Este Corazón, Bésame Sin Miedo, Un Poco de Tu Amor e Rebelde. As novas versões contaram com edições mais modernas, dando um toque visual mais limpo e confortável ao público, que, desde o ano passado, vinha reclamando com Guillermo Rosas, o produtor da live, sobre a falta de cuidado visual e o corte de músicas, como foi o caso do Qué Fue del Amor.

 

Durante a exibição do especial, a hashtag oficial do evento chegou ao topo dos assuntos mais comentados no Twitter, mostrando, mais uma vez, a força do RBD pelo mundo. Alguns dos artistas que fizeram parte da live, como Anahí e Maite Perroni, conversaram com o público enquanto acontecia a exibição e os fãs puderam, mais uma vez, relembrar esse retorno inusitado do RBD. O que a emissora talvez não esperava, era um descontentamento tão grande por parte de todos os fãs e dos próprios artistas.

 

Um especial marcado por cortes imperdoáveis e de suma importância

Ao final do especial, os fãs logo perceberam que alguma coisa não estava certa: onde foi parar a música Inalcanzable, gravada em formato solo por Christopher Uckermann? E o que aconteceu com os discursos, tão importantes e necessários? Sobre o solo, não houve uma explicação: apenas colocaram os solos dos três outros artistas, Tu Amor, Sálvame e Empezar desde Cero e excluíram a nova versão de Uckermann, um dos artistas que mais participou de pré-produção do Ser o Parecer 2020 e trouxe uma versão exclusiva da canção, tocada em piano. Imediatamente, os fãs se juntaram no Twitter questionando o porquê do corte.

 

 

A revolta foi tão grande, que os próprios artistas que participaram da live se juntaram aos fãs para questionar à emissora o absurdo do corte. Anahí se pronunciou através de seu Twitter e Instagram, com palavras de apoio ao seu colega de palco. “Eu me perdi ou não saiu Inalcanzable? A melhor versão que essa canção já teve na história do RBD”. Ao ver que realmente foi cortada, Any logo defendeu Uckermann, mostrando seu descontentamento com a falta de reconhecimento da emissora:

 

Além disso, a artista também divulgou uma story, junto de um link que leva à apresentação oficial de música. “Choque total. Esta é, sem dúvidas, a melhor versão de “Inalcanzable”, disse. Já Christian Chávez se pronunciou  em um story, também apoiando seu amigo. “Um artista que se preparou durante meses para interpretar Inalcanzable no piano e ao vivo, numa linda versão. Te amo e te admiro, amigo”, disse Chris. Confira o que o cantor e ator publicou também em sua conta do Twitter:

 

Juntamente com a falta de Inalcanzable, a emissora, que exibiu comerciais extensos, que duravam, muitas vezes, mais tempo que duas canções do concerto, também cortou os discursos emocionantes e necessários dos artistas presentes, deixando apenas as palavras de Anahí, em Sálvame. Para completar, Anahí também tocou no nome de alguém muito importante e que, em nenhum momento, foi lembrado: Pedro Damián, o criador do fenômeno Rebelde.

Desde o ano passado, fãs já vinham questionando a falta de créditos ao responsável pela novela e pela banda. Pedro, que inclusive, cedeu uma live exclusiva ao Entretetizei, não foi citado na transmissão original de 2020 e não foi convidado para o especial da própria emissora em que trabalha. Além de Anahí, os fãs também se descontentaram com a falta de reconhecimento para com o produtor.

Apesar de tudo isso e com todas as reclamações, não tem como negar que sim, foi mais uma noite memorável para os fãs e artistas do RBD.

 

Perspectivas, conversa com Christian Chávez e o sucesso inigualável do RBD pelo mundo

Mais uma vez, RBD se mostra mais vivo do que nunca. Mesmo após o término, mais de 12 anos atrás, tudo relacionado à novela e à banda viraliza, rapidamente, SEMPRE com destaque para o Brasil. Tudo o que é lançado em conjunto, ou separadamente por cada um dos seis RBD’s, logo vira tendência nas redes sociais e entre os milhares de fãs. Em uma live que aconteceu após a transmissão do Ser o Parecer 2021, Christian Chávez conversou com alguns fãs, comentou sobre seu carinho pelo Brasil e sobre o concerto.

Christian disse que, na live Ser O Parecer 2020, conseguiu ser ele mesmo, usando as roupas que queria, dançando da forma que ele gosta e sendo livre. Além disso, comentou que ainda não há nada programado para a banda no futuro, mas que estão aguardando o fim da Pandemia para ver se algo pode vir a acontecer.

O artista, que já chegou a morar no Brasil, conversou com vários fãs brasileiros e mostrou seu carinho com o nosso país. Em uma das perguntas, uma fã perguntou qual música ele adicionaria à live e ele respondeu, carinhosamente, em português. Confira:

 

Christian teve destaque na live de 2020, com a canção Tu Amor – já disponível nas plataformas digitais. Na apresentação, podemos ver um Christian maduro, livre e totalmente entregue à música, que marcou muitos corações durante toda a fase do RBD, inclusive o do próprio artista, que assumiu a homossexualidade enquanto estava no RBD e recebeu – e segue recebendo – grande apoio dos fãs.

Confira a seguir a versão ao vivo e emocionante de Tu Amor:

Christian também comentou sobre a música Qué Fue del Amor, incluída na setlist da live e nunca exibida. Segundo ele, a canção foi gravada com um extra e será lançada, em algum momento, como um especial para os fãs.

O ano de 2021 segue sendo marcado por Anahí, Alfonso Herrera, Christian Chávez, Christopher Uckermann, Maite Perroni e Dulce María, que, apesar de todos os problemas, deixaram sua marca no cenário musical latino, com esse sucesso que ultrapassa gerações, chamado RBD.

 

 

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação |Twitter | Support Anahí

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6 filmes que viraram séries

Muitos fãs querem saber mais sobre determinado personagem de um filme ou ter outra perspectiva sobre a história, e por isso alguns acabam virando uma série

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Especial | 20 anos de Eu, a Patroa e as Crianças

Em 28 de março de 2001, Eu, a Patroa e as Crianças, sitcom que conquistou a carisma dos espectadores e continua sendo amada mesmo 20 anos depois de sua estreia

Hoje (28) completa 20 anos desde que o primeiro episódio da amada sitcom Eu, a Patroa e as Crianças (My Wife and Kids, no original em inglês) foi ao ar. Transmitida entre 2001 e 2005, a trama foi encerrada logo após o final da quinta temporada.

Criada por Don Reo e Damon Wayans, que vive o patriarca Michael Kyle na trama, a série que possui um elenco majoritariamente negro é uma produção da Touchstone Television (atual ABC).

No Brasil a transmissão ocorreu à partir de 2002 através do SBT. Em 2005 obteve sua maior audiência, com 14 pontos de média e picos de 15 pontos no período da tarde, batendo a Rede Globo.

Em virtude da magnitude da série, pelos corações arrebatados por Eu, a Patroa e as Crianças e em comemoração dos 20 anos da estreia da trama, separamos algumas curiosidades e alguns dos melhores momentos da amada sitcom.

Foto: ABC/Divulgação

Sinopse

Os Kyle são uma família nada tradicional que mora nos subúrbios de Stanford, Connecticut. Michael Kyle (Damon Wayans) é dono de uma empresa de caminhões e, desta forma, consegue garantir conforto à família.

Michael é casado com JanetJay” (Tisha Campbell), uma ótima mãe, mas uma dona de casa não tão exemplar que, eventualmente decide começar a trabalhar. Juntos eles têm três filhos. Michael Kyle Jr (George O. Gore II), ou simplesmente Júnior, como é chamado, é o primogênito fã de rap. A filha do meio é a bela e nada recatada Claire (Jazz Raycole na primeira temporada e Jennifer Nicole Freeman da segunda em diante). Por fim, Kady (Parker McKenna Posey) é a caçula queridinha do papai – e usa disso para conseguir o que quer.

A trama acompanha a família em seu dia a dia, retratando as desavenças e as típicas brigas entre irmãos, além do pai e da mãe fazendo o melhor que podem para educar os filhos – mesmo que de forma totalmente fora dos padrões tradicionais.

Foto: ABC/Divulgação

Curiosidades sobre a trama

Substituição da Claire
  • Jazz Raycole saiu da trama porque sua mãe não concordava com o rumo que sua personagem Claire iria tomar na segunda temporada. Na segunda parte da série, Claire precisa lidar com assuntos relacionados a gravidez.
Foto: Divulgação/Reprodução ABC
Inspiração
  • A sitcom é inspirada em The Cosby Show, programa dos anos 80 que, assim como Eu, a Patroa e as Crianças, era uma sitcom com o elenco majoritariamente negro.
  • Foto: Divulgação/NBC
2 em 1
  • Andrew McFarley viveu dois personagens na trama. Na primeira temporada, ele interpretou Roger, um garoto que só pensava em jogar videogame com Michael. Já da segunda temporada em diante, ele foi o jovem e devoto Tony, namorado cristão de Claire.
Melhores pais da TV
  • Com seu jeito protetor e engraçado, Michael Kyle ficou no número 27 na lista dos melhores pais da TV americana. A seleção que o colocou neste lugar foi feita pela TV Guide.
Participações especiais
O final
  • O último episódio não foi filmado para ser o final. No último capítulo da trama, há a revelação de que Jay estava esperando o quarto filho, entretanto não era para acabar assim. Na temporada seguinte (6°) iria mostrar Jay descobrindo que, na verdade, não estava grávida, havia sido tudo um engano.
O cancelamento
  • Até hoje não se sabe o real motivo do cancelamento da série. Porém, acredita-se que seja porque a trama estava fugindo da realidade.

Melhores momentos

Amigos romanos conterrâneos (Homem do ano – T3E16)

Michael é indicado ao prêmio Micro Empresário do Ano. Convicto de que irá vencer, ele ensaia o discurso da vitória, que se inicia com Amigos romanos conterrâneos. Michael, entretanto, acaba perdendo o prêmio, mas a família lhe mostra que mesmo que ele não tenha ganhado o prêmio, ele é o melhor pai do ano para eles.

Foto: Reprodução
Mural da Vergonha (Ele ouviu, ela ouviu – T2E06)

Depois de descobrir que Claire vai a uma festa na qual foi proibida, Michael faz um plano para pegá-la no flagra e colocar a foto deste momento no mural da vergonha. Claire, entretanto, consegue escapar com a ajuda da irmã Kady. Logo quando pensava que estava por cima, Claire é traída por Kady, que se torna agente dupla, e finalmente Michael consegue a foto para o mural.

Foto: Reprodução
Michael – não – tocando piano (A Banda de Michael – T4E11)

Michael fala para o amigo John que sabe tocar piano, entretanto isso é uma meia verdade. Logo depois que o amigo o chama para participar de um show com a sua banda, o patriarca dos Kyle pede ajuda de Franklin (Noah Gray-Cabey). No show, porém, Michael acaba se empolgando demais e revelando que na verdade era o pequeno gênio quem tocava o piano tão habilidosamente.

Foto: Reprodução
Modelo de Mãos (T4E27)

Desobedecendo ao pai, Claire faz audição para ser modelo. Ao descobrir, Michael vai atrás dela para acabar com essa ideia, mas Claire se vira muito bem em estragar sua carreira de modelo ao não saber desfilar. Michael, porém, é descoberto como um excelente modelo de mãos. Logo após ser chamado para modelar, o patriarca passa a cuidar muito de suas mãos, o que irrita a família. Mas, quando o comercial com as mãos de Kyle vai ao ar, é a vez dele de se irritar: suas mãos foram consideradas femininas.

Foto: Reprodução
Buiatchaka (O Jogo de Matraquilhos – T5E12)

Depois que Vanessa (Brooklyn Sudano) compra para Junior um jogo de pebolim e ele se torna competitivo, ela chama Michael para acabar com a banca do rapaz. Michael, porém, se torna o oposto do que era esperado, e é mais competitivo que o filho. É enquanto compete que Michael inventa o bordão Buiatchaka para usar toda vez que faz um gol. Enquanto isso, o bordão de Junior é Lupa linda.

Foto: Reprodução
Eu tô um bagulho! (Dia de formatura – T5E23)

Jay, que havia voltado a estudar, está prestes a se formar. Michael quer que o dia seja perfeito para a esposa, mas tudo o que pode dar errado, de fato dá. Jay pensa que o marido está tentando estragar seu dia, mesmo que ele esteja, na verdade, tentando torná-lo bom. É nesse contexto que, ao falar que ama a esposa, Michael ouve em resposta um: Que ama o quê. Eu tô um bagulho.   

Crédito no gif
Triplo byebyebird (Encontro do Secundário – T5E04)

No dia do encontro dos veteranos do antigo colégio de Jay e Michael, eles recebem a visita de Bobby Shaw (Katt Williams), homem que tirou a virgindade dos lábios de Jay”, nas palavras de Michael. Para recuperar a honra da esposa, Michael aceita participar de um desafio de dança, mas a competição não vai ser fácil de ganhar, visto que, enquanto a equipe de Michael não treina há anos, a de Bobby Shaw, por outro lado, jamais se separou. Quando tudo parece perdido, Michael faz então um passo praticamente mortal, o triplo byebyebird, para enfim ganhar a competição e recuperar a virgindade dos lábios de Jay.

Foto: Reprodução
Meu Grande Amor (O Pedido de Casamento – T5E07)

Junior tenta diversas vezes pedir Vanessa em casamento, mas todas as tentativas saem frustradas. Enquanto isso, seus pais se preparam para uma competição no karaokê. É neste contexto que Jay faz seus icônicos ensaios de Meu Grande Amor com suas backing vocal Vanessa, Claire e Kady. Desde os ensaios até a apresentação, tudo é extremamente cômico.

Michael de cabelo (O Querido Cabelo – T4E02)

Depois de começar a tomar um remédio que faz o cabelo crescer, Michael apresenta comportamentos estranhos. A família toda fica preocupada com o patriarca. Jay acaba descobrindo que o remédio em questão possui substância derivada da maconha e tenta recuperar a sanidade do marido, porém isso não será fácil visto que Michael sempre quis ter os cabelos de volta.

Foto: Reprodução
Matar, socar, esfaquear, sangrar (Jay, a Artista – T3E11)

A fim de inspirar Jay a voltar com sua pintura, Michael promove entre a família a semana da arte. Cada um dos Kyle deve fazer algo artístico para apresentar à família. Enquanto Claire escolhe moda, Júnior, por sua vez, se interessa pela arte de rimar. Jay aceita pintar, enquanto Kady quer tocar piano.

Temos a primeira aparição de Franklin, que ajuda sua paixão, Kady, a tocar piano. Desde o look que Claire faz, Franklin e Kady no piano, o nu que Jay faz de Michael e, principalmente, as rimas de Juízo e Dor Suburbana de Júnior, fazem desse episódio um dos melhores da série.

Foto: Reprodução

Além desses, há tantos outros episódios, como o do blinky doo, as férias da família no Havaí ou nas Bahamas, a renovação de votos de Jay e Michael, “eu não sou inndiota”, o bebê mágico, Claire com o rosto inchado, entre outros que certamente marcaram a vida e a infância de muita gente de forma positiva, e sem dúvidas deixa saudades.

 

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*Crédito da foto de destaque: ABC/Divulgação

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Resenha | Sky Rojo é uma bomba de reflexões, sentimentos e críticas sociais

Traumas, masculinidade tóxica, a história e os horrores do tráfico de mulheres, a quebra do ciclo da prostituição, muita sororidade e uma explosão de sentimentos são apresentados a cada minuto de Sky Rojo

 

[Contém spoiler]

Criada por Álex Pina e Esther Martínez Lobato, os mesmos idealizadores de La Casa de Papel e Vis a Vis, a primeira temporada de Sky Rojo estreou dia 19 de março na Netflix. A produção escancara os horrores das meninas que são enganadas e levadas a outro país para se prostituírem e mostra como elas também têm uma vida de sonhos, amores e planos. A série também conta como algumas veem a prostituição como o último e único recurso para chegarem onde precisam, além de abordar como isso está relacionado com a pobreza, a necessidade de sobrevivência e a dor das famílias que vendem suas as filhas por isso. 

Fonte: Netflix

Já que Sky Rojo vai direto ao ponto, sem rodeios e sem esbarrar em clichês, vamos começar assim também: Estamos falando de três mulheres, Coral (Verónica Sánchez), Gina (Yany Prado) e Wendy (Lali Espósito). Elas trabalham em um bordel no meio do deserto comandado por Romeo (Asier Etxeandia) e seus principais capangas: Moisés (Miguel Ángel Silvestre) e Christian (Enric Auquer).

Quando a cubana Gina percebe que nunca poderá pagar sua dívida com Romeo, ela o ataca. Ao ouvir os barulhos da briga, Coral e Wendy tentam ajudar a amiga e as três acabam deixando o cafetão inconsciente. Após esse acontecimento, elas ainda atropelam mais uma funcionária do bordel, que morre logo depois de colidir com um ônibus.

Com essa sucessão de fatos na mesma noite, elas se veem obrigadas a fugir, mas também encontram uma oportunidade de trilhar novos caminhos e refazer seus planos futuros. Em busca dos próximos passos, elas agora precisam fugir de Moisés e Christian, que querem entregá-las a Romeo.

Assista ao trailer completo:

Uma relação de amor e ódio por cada personagem

Não tem como assistir Sky Rojo e deixar tudo ali. Com certeza a mistura de sentimentos e a explosão de críticas sociais ainda vai ecoar por muito tempo nos pensamentos e nas ações de quem assiste. Além disso, a série traz contradições o tempo todo, que nos fazem lembrar como uma história nunca tem um lado só. É difícil amar ou odiar completamente qualquer personagem de Sky Rojo.

Gina é uma personagem que nos faz chorar, sorrir e sonhar. Temos um choque quando descobrimos, junto com ela, que sua mãe vendeu a filha para ter dinheiro para sustentar o neto. Já Wendy chega ao bordel numa tentativa de melhorar de vida por amor. Quando sua orientação sexual é descoberta, ela decide se prostituir para ganhar dinheiro e planejar seu futuro com a namorada. Mas seu relacionamento termina por telefone, mesmo depois de todo sacrifício.

Coral é o retrato do enigma de uma mulher formada em biologia que escolhe se esconder na prostituição, em remédios e drogas. Ela sofria em um relacionamento abusivo e, na tentativa de matar seu marido, acabou envenenando sua sogra. Coral também dá aulas particulares para as filhas de Romeo, se diverte com as meninas e passa um tempo sendo ela mesma, assim como quando está com Moisés, com quem tem um relacionamento.

Da esquerda para direita: Wendy, Coral e Gina.  |  Fonte: Mix de Séries

Romeo é um homem machista e aproveitador que só pensa no lucro. O que não esperávamos é que Romeo busca o melhor para sua família, procurando por companhia para as filhas enquanto a esposa faz quimioterapia e fica devastado quando ela morre.

Romeo em frente à boate Las Novias. | Fonte: Netflix

Christian e Moisés são os ajudantes mais próximos de Romeo e vivem nesse mundo de crimes, prostituição e tráfico. Dessa vez, o que não esperamos é que eles fazem de tudo por sua mãe doente, que sofria violência física e, por isso, um dos meninos matou o pai. Também não esperamos pela tentativa de Moisés mostrar ao seu irmão os prejuízos do mundo das drogas e contar que ele mesmo fez terapia para acabar com esse problema.

Da esquerda para direita: Christian e Moisés. | Fonte: Netflix

É hora de quebrar o ciclo

Quando escapam do bordel, Coral, Gina e Wendy precisam fugir, mas veem uma oportunidade de quebrar o ciclo vicioso da prostituição: se não existissem homens que pagam, as mulheres não seriam sequestradas e  não precisariam entrar nesse mundo para livrar sua vida e suas famílias de ameaças.

Sky Rojo traz relacionamentos abusivos, uso de drogas como válvula de escape, venda de mulheres, prostituição por amor, sequestro, tráfico humano e dualidade. Só a chamada para reflexões sociais já vale a maratona. E que série digna de maratona: visual, elenco, fotografia e oito episódios curtos de +- 25 min que fazem você rir com vontade de chorar.

As cenas são uma mistura de drama, ação, muita reflexão, sentimentos conflituosos e flashbacks. Esse mix apresenta uma história intimista, que te prende e te faz querer mais. Coral, Gina e Wendy falam sobre consentimento sexual, sobre o poder do não, sobre o quanto os homens podem ser nojentos, sobre o que viveram em seu passado, o que viviam na prostituição e como querem viver agora

Sky Rojo é uma aula de superação, de sororidade, de quebra de ciclos e de como cada uma de nós é forte para superar os traumas e tomar as próprias decisões. O eterno jogo de raposas e lebres entre Coral, Gina e Wendy e Romeo, Moisés e Christian cria uma dinâmica para os episódios que vai além do óbvio. Sky Rojo traz uma eterna busca de poder por corpos, vidas, tomada de decisões e conquistas pessoais.

 

Fonte: Netflix

Queremos mais Sky Rojo?

Claro que queremos! A primeira temporada nos apresentou as protagonistas, suas vidas e como elas chegaram onde estão. Com um final surpreendente com gosto de quero mais, a série sem dúvida ainda nos deve respostas. 

A boa notícia é: a série já está renovada para a segunda temporada, e a aposta foi tão grande que a renovação aconteceu antes mesmo da estreia da primeira temporada, em 19 de março. A previsão é que a segunda parte chegue no primeiro semestre de 2022, mas ainda não é possível dar uma data concreta por conta da pandemia. 

Você também sentiu um misto de sentimentos e já está querendo mais? Conta pra gente nas nossas redes sociais: Insta, Face e Twitter.

 

* Crédito da foto de destaque: Netflix

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Framing Britney Spears: Entenda o movimento #FreeBritney

Marcada pelo sucesso e escândalos, a vida da princesa do pop, Britney Spears, é tema de documentário lançado pelo The New York Times

 

Por Dayane Marinho

Abuso de substâncias, perseguição da mídia, um recente divórcio e a luta pela guarda dos filhos. O ano de 2007 não foi nada fácil para a cantora Britney Spears. Devido aos problemas ocorridos na vida pessoal da cantora, em 2008, seu pai, Jamie Spears, foi nomeado pela justiça americana como tutor legal responsável pelos assuntos financeiros e pessoais da cantora.  

Britney e seu pai | Divulgação | Today Show

 

Britney, atualmente com 39 anos, vendeu mais 100 milhões de álbuns e estreou em primeiro lugar na Billboard 200. Com sua fortuna avaliada em U$ 60 milhões, a cantora mostrou interesse público, pela primeira vez em 12 anos, por mudanças na tutela em agosto de 2020, em audiência judicial.

 

Inicio da tutela 

Em 2007, Britney se divorciou de Kevin Ferdeline, pai dos seus filhos Sean (nascido em 2005) e Jayden (nascido em 2006). Após o divórcio, a cantora perdeu a custódia dos filhos, raspou os cabelos, atacou com um guarda-chuva o carro de um paparazzo e foi internada em uma clínica de reabilitação. 

Britney Spears e seus filhos | Divulgação | Oxygen

Após os sucessivos episódios, Jamie Spears decidiu entrar com o pedido de tutela temporária de emergência no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles. Esse instrumento legal é cedido quando uma pessoa é considerada incapaz de cuidar de si mesma, geralmente idosos, deficientes ou acamados de alguma doença grave. 

Com esse recurso, Jamie pode vender propriedades, negociar oportunidades de negócios e restringir visitantes. Ele também pode pedir ordem de restrição contra quem acredita ser uma ameaça à estabilidade da filha e os gastos da cantora devem ser registrados em relatórios judiciais anuais.

 

O movimento #FreeBritney

O movimento surgiu com a preocupação dos fãs diante de frases ditas pela cantora. Em uma gravação de 2008, Britney fala sobre a tutela. Ela afirma que gostaria de ter a vida de volta, poder morar sozinha, dirigir seu carro e escolher seus seguranças. No documentário Britney: For the Record, também de 2008, a princesa do pop diz que se sentiria livre sem as restrições. De acordo com o The New York Times, a hashtag #FreeBritney surgiu em 2009, no site Breathe Heavy.

#FreeBritney | Divulgação | Rappler

A campanha voltou a tomar força em 2019, quando Britney cancelou sua residência em Las Vegas, Britney: Domination, por conta de um problema de saúde do pai. Durante o período em que Jamie estava se recuperando, Jodi Montgomery, gerente de cuidados da cantora, foi nomeada como tutora temporária. No mesmo ano, Jamie deu uma entrevista declarando que o movimento é uma piada, que não sabem de toda a história. 

Outro acontecimento também movimentou a hashtag nas redes sociais. O podcast Britney’s Gram, que comenta sobre as postagens da cantora no Instagram, divulgou uma mensagem anônima de um suposto membro da equipe de advogados que está trabalhando no caso da tutela. Segundo o áudio, Britney teria sido internada em uma clínica de reabilitação contra sua vontade e o pai da artista tem um nível de controle maior do que imaginam. Esses fatos contribuíram para a preocupação dos fãs, movimentando a campanha nos últimos anos defendendo o fim da tutela. Artistas do mundo todo também apoiaram o movimento.

 

Documentário Framing Britney Spears 

A tutela imposta à cantora e o movimento #FreeBritney são os temas centrais no documentário produzido pelo The New York Times e dirigido por Samantha Stark. A série está disponível no GloboPlay, e foi tema de reportagem na última semana, no Fantástico. A produção relembra a trajetória da cantora, desde o momento em que a pequena Britney demonstra interesse pela música até a audiência de tutela realizada no ano passado. 

https://www.youtube.com/watch?v=bvHdfbwLIsc

 

Podemos ver no documentário entrevistas de pessoas próximas da cantora, como Felicia Culotta, amiga e ex-assistente de Britney, que conta sobre o início da carreira da diva pop, passando por pessoas da mídia, fãs e advogados que participaram do processo de tutela.

Além do tema central do documentário, chama a atenção uma entrevista que o irmão de Britney, Brian Spears, concedeu a uma rádio americana, e a maneira como a cantora foi ridicularizada e perseguida pela mídia em seu momento de maior fragilidade.  O documentário também aborda o namoro da princesa do pop com o cantor Justin Timberlake e como o caso foi tratado pela mídia americana, colocando Britney como culpada do fim do relacionamento.

 

Decisão judicial

Em 2020, Britney, com a ajuda de seu advogado Sam Ingham, declarou que gostaria que a instituição financeira Bessemer Trust se tornasse responsável por seu patrimônio. Pela primeira vez, ela reconhece o fenômeno dos fãs contestando a tutela: “Neste momento, Britney agradece e valoriza o apoio sensato de muitos fãs. Britney se opõe com veemência à tentativa do pai de esconder a batalha legal dela como um segredo de família. Nesse caso, não é exagerado dizer que o mundo todo está de olho”, disse Sam.

BreatheHeavy on Twitter: "Britney Spears' lawyer Sam Ingham stated in court today that Britney is afraid of her father / conservator Jamie Spears and refuses to work until he is removed from
Foto: Divulgação | Twitter

Na audiência de novembro de 2020, pela primeira vez os advogados da cantora protestaram contra o controle do Jaime sobre o patrimônio. A juíza Brenda Penny recusou a saída do pai de Britney Spears no momento, mas nomeou a instituição Bessemer Trust como co-tutor financeiro da artista, o que os fãs veem como uma pequena vitória para a liberdade de Britney. 

Uma nova audiência deve ocorrer em abril de 2021, onde os advogados da cantora devem solicitar ao tribunal a substituição permanente do pai de Britney como tutor. Em seu lugar, Jodi Montgomery, nomeada tutora temporária dos assuntos pessoais de Britney, seria a escolha da cantora como sua tutora permanente. 

 

E vocês? Já assistiram o documentário Framing Britney Spears? Conta pra gente no Insta, no Face e no Twitter.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação / Entretetizei

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